domingo, 3 de abril de 2011

Ordem do Saber


Diário

19/02/2011

Pode-se chamar de força interior, auto contentamento, ou simples disfarce da mente (a também chamada morfina psicológica já citada aqui), mas o fato é que o olhar de cada ser humano muda a aparência de tudo o que lhe ocorre e da forma como lhe acontece.

Analisando pelo ponto de vista humano do que é certo e errado pode-se afirmar que todos possuem seus valores, todos vindos do ambiente que freqüentam e residem, além daqueles com quem convivem, por isso é claro dizer que enxergamos o mundo da forma como queremos e como achamos melhor, sempre levando em conta a naturalidade e individualidade de nossos sentimentos e força.

Assim sendo, se enxergamos o sol quando ainda está nublado, não podemos ser considerados loucos, nem ao menos displicentes, mas apenas credores de uma visão imparcial quanto ao próprio sofrimento. A dor nos pega de forma pesada, principalmente nos momentos de maior solidão, e é nesta hora que nossa visão de mundo entra ação.

Se enxergarmos algo péssimo, nem tão péssimo assim, nossa mente interpreta e agüenta, motivando-nos a continuar, mesmo sendo derrubados.

Tudo aparentemente é uma questão de enxergar de uma maneira diferente aquilo que nos é posto sobre nossos corpos e em nossos caminhos.

Um muro é difícil de ser escalado, mas pode nos separar do outro lado onde está acontecendo uma guerra. A chuva gripa, mas ao mesmo tempo lava a terra e nos traz a sobrevivência, e o que seria da felicidade sem a tristeza?

O apego aos sonhos nos faz desacreditar de ter uma visão mais otimista e menos mundana, ao contrário do que se pensa. A força no sonho nos faz sermos melhores, e este comportamento sim, ilumina e transforma nossa visão do que acontece conosco.

A vida não termina por muitos motivos aos quais achamos que ela começa a decair, e muitas dificuldades e sofrimentos passam mais rápido do que pensamos e raciocinamos.

O mesmo se aplica ao contrário.

O único caminho muitas vezes não é tão coberto de flores como vemos.

É ótimo sabotar a própria visão e nos libertar de nosso lado emocional para partir para o lado racional. Mas este é um caminho que pode não ter volta.

A vida do ser humano é baseada na luta tênue entre essas duas partes de nossa mente.

Um caminho pode se transformar em três, e nem todo deserto é seco.

Por mais que nossa visão nos ajude a sobreviver acima e abaixo de nossos próprios sois, o coração nunca é enganado, nem mesmo pelo próprio dono. É lá que fica tudo o que nossa visão oculta e transparece.

E um coração jamais se esquece, ou se deixa enganar.

Dodo.

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