domingo, 27 de março de 2011

Ordem do Saber


 

Diário
15/12/2010
As pessoas só querem saber de dinheiro. Apenas disso.
O mais incrível é que essas mesmas pessoas são as que vão nas igrejas. E isso me dói. Me dói tanto que tenho vontade sumir. Sumir de vista.
As idéias simples, sentimentais, são todas totalmente destruídas pela simples vontade do ser humano de se engrandecer perante o dinheiro. Pela simples, mas para mim, complicada, vontade de ser rico! De encher a boca com o dinheiro do mundo!
Não estou dizendo que a pessoa consiga viver sem dinheiro. A mesma morreria de fome. Estamos, sim, presos a este sistema e às regras do mundo. Mas temos mesmo de sucumbir dessa forma???? Aceitar tão grandemente estes grilhões que nos tornam tão vazios???? Será que a Verdade não consegue adentrar nos ouvidos das pessoas??? Estaríamos fazendo de modo errado a pregação dos verdadeiros valores? Ou os ouvidos alheios estão tapados pelas notas verdinhas????
Mas que coisa!!!!!!!!!
Chega de ser tão mundano!!
Antes colhíamos para comer. Este é o sentido do trabalho.
Nossos ancestrais trabalhavam, através da pesca, caça e plantação. Tudo o que eles faziam era trabalharem para suas próprias subsistências. Plantar e colher para comer. Apenas viver a vida!
Encaremos nosso trabalho também dessa forma!!!!! Como uma contribuição para o funcionamento da sociedade, que por sua vez possui suas próprias regras e meios de sobrevivência do capital, que precisa ser girado e mantido afim de não cair por sua própria teia. São diversos ramos que visam o bem estar da sociedade e do capital. E neste meio somos inseridos com nossas profissões e nossos postos de trabalho. A manutenção da sociedade. Cada um fazendo sua parte em seu próprio espaço limitado por seu emprego.
Essa definição talvez nos ajude a sentir-nos importantes de vez em quando, mas e quanto a ambição material??
Cresça! Cresça, cresça e cresça. Seja importante para nas reuniões de família se exibir como alguém bem sucedido perante quem não conseguiu jogar o jogo do mundo! Seja poderoso em sua empresa para que você possa reencontrar um amigo do colégio e se exibir mostrando que você é melhor que ele. Encontre um ex namorado, ou namorada para simplesmente mostrar o que esta pessoa perdeu! Ganhe o mundo!!!!! Ganhe o dinheiro!!!! Destrua aqueles que querem ganhar a Vida. E mostre a eles o luxo em que quer viver, e a vida que você planejou baseado em programas de televisão e filmes.
Morra. E deixe tudo neste mundo.
Certa vez, o homem mais brilhante que já viveu entre nós disse:
- Havia um homem que possuía farta colheita. Este homem teve a idéia de construir três celeiros, para que pudesse guardar toda a colheita com fartura e deixar para si, para vender e para nunca mais passar fome. Ele pensava: “nossa, como sou rico. Tenho tanto trigo em fartura o que mais posso querer?”. Um anjo chegou até ele nessa mesma noite e anunciou sua morte, dizendo que ele morreria nessa mesma noite, deixando tudo o que tinha planejado fazer com sua enorme colheita e seus celeiros para trás.
O homem que contou está parábola termina dizendo:
- Em verdade vos digo. Assim acontece com quem não junta tesouros no céu, mas se concentra em juntar tesouros aqui na terra, onde o caruncho e a traça corroem. Não juntem tesouros da terra, mas sim busquem juntar os tesouros do céu, onde nem a traça nem o caruncho podem corroer.
Esses dias a tristeza por este mundo tem me consumido em meus momentos mais solitários. Para onde estamos caminhando? Onde nosso mundo irá daqui há alguns anos? Em que estamos movendo nossas vidas?
 Não estou sendo radical a ponto de morrermos de fome, apenas gostaria que deixássemos de lado um pouco este apreço pelo dinheiro. O dinheiro pertence ao mundo, e aqui ele deve ficar. Façamos uso do mesmo para felicitar aqueles que precisam. É como usar a arma de um inimigo contra ele mesmo. O dinheiro é do mundo. Ok. Ele faz mal. Ok. Peguemos nosso dinheiro e transformemos em algo bom. O mundo com certeza não iria gostar.
Amados, que o amor nos envolva cada vez mais. Não depositemos nosso coração no material.
Dodo.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Ordem do Saber


Diário

20/11/2010

O mundo, queira ou não, ri de todos nós.

Um a um, nos tornamos, inevitávelmente motivo de risada e orgulho para o mundo em si, em sua forma e essência. Em sua própria inteligência e abraço.

Através de caminhos, veredas que se apresentam certas, limpas, puras conforme a própria consciência daqueles que caminham por elas, pelo corpo do mundo, adentrando rumo à boca do mesmo. A ponto de ter, como término, a garganta do mundo.

E é nesta hora que o ser humano é engolido pelo mundo. Ele caminha duramente para no final ser engolido. Daí para frente, segue-se a batalha incessante do que o ser conquistou ou não. No estômago do mundo, a necessidade se torna variável, conforme o que possui do próprio mundo. Retirado do mesmo.

Antes de ser despejado pelo corpo do mundo, o mesmo pega tudo o que é dele de volta, devolvendo para o local onde antes estava. Para que outras pessoas possam assim desfrutar daquilo que os engolidos desfrutaram, e acharam tolamente que era deles. O alimento nunca poderá dominar o que é daquele que o come.

Ao sair do mundo, pelo modo mais escroto e sujo possível, o ser humano nota, se for capaz de vislumbrar seus próprios erros o que deveria ter feito. E vê que nunca possuiu nada além de si mesmo. Nota que sua força estava sempre dele mesmo. Que a esperança morreu no meio do caminho, que a fé há muito fora abandonada por ele.

O mundo ri de todos que ele engole. De todos que se perdem em seus caminhos. Ele ri sem parar de cada um de nós.

Dodo

Ordem do Saber


Diário
30/11/2010
O que seria a morfina psicológica?
Assim como a morfina original, dada a pacientes para controlar suas dores e suavizar o efeito de algo, nossa mente, nossa psique, também possui tal defesa, só que de maneira natural. A isto se denomina morfina psicológica.
Ao sofrer uma dor, uma perda, uma derrota, algo que possa machucar o coração, alma e diversos campos que nos fazem serem especiais, nossa mente, às vezes movida pelo orgulho, outras vezes movida pela falsa honra, ou outras vezes ainda de forma natural, solta uma espécie de morfina da mente.
Tal morfina será o apego a um novo (porém incompleto e momentâneo) ideal, idéia, amor, sentido para a vida.
Para que a dor seja suavizada, a morfina psicológica age como uma parede de esperanças que antes não havia. Mas tais esperanças, em diversas vezes não são verdadeiras, pois não são construídas pelo coração, mas sim pela própria mente tentando se defender dela mesma e da tristeza causada pela dor.
Quantas vezes ao perdermos a chance de fazer algo, juramos, de pé juntos, vencer a tudo e a todos para provar que somos melhores que aquilo que não conseguimos fazer? Quantas vezes ao perder um amor, não nos subjugamos melhores que a pessoa perdida, e botamos um novo ideal em nossa cabeça. Com por exemplo:
“Já que perdi meu amor, agora irei trabalhar sem parar. O sentido de minha vida será o trabalho.”
Ou quando somos derrotados em algo que pensávamos ser invencíveis, daí corremos atrás de outro desafio a ser vencido, esquecendo completamente do que corríamos atrás para seguir uma nova vertente, um novo jogo da vida.
Este é o segredo dos tempos atuais. Esquecer dos sonhos perdidos e criar novos. Se antes, o sonho era a principal função da vida de uma pessoa, como a mesma pode esquecê-la, e desistir do mesmo criando um novo sonho? Tudo porque a mente joga no sistema a morfina psicológica?
Quando perdemos algo, estamos em constante busca de nos agarrar a algo que não nos deixe cair. Pegue alguém que perdeu algo, e veja que, dois ou três meses depois, esta pessoa está fissurada em um objetivo que antes a mesma não tinha, apenas para disfarçar a perda que a mesma teve. Para mostrar que está tudo bem, para demonstrar a todos que a “vida continua”. Se a vida é feita de sonhos, e se os sonhos acabaram, como dizer que a vida continua? Pelo simples fato de estar vivo? Ou pelo simples fato da morfina psicológica estar agindo?
Estas não são perguntas, são respostas. Pois de perguntas o mundo está cheio, e a Ordem do Saber não está interessada nelas.
Dodo.

Ordem do Saber


Diário
29/11/2010
Os soldados do mundo estão atentos, apostos e bem armados pelo próprio mundo.
Quantas vezes, nós, ímpios e fiéis lutadores do dia a dia não conseguimos vencer os soldados do mundo? Está certo que eles estão, claro, em bem maior número que nós, e que certamente conhecem como a palma de sua mão o território da batalha, mas mesmo assim, porque não conseguimos nos libertar, possuindo claro, dentro de nós imensa força superior a deles?
O sistema montado sobre nós se torna nossa prisão, diversas vezes nossa Alcatraz.
Mas tal prisão, reforçada e alimentada pelos soldados do mundo se torna muito cômoda para todos que dela querem participar. É um alistamento voluntário, e muitas vezes, até mesmo indireto em cada mente humana e cada corpo.
É igualmente complexo e triste o fato de nosso exército ser cada vez mais reduzido, e a cada passo de nossa vida, se torna menor ainda.
O mundo leva, um a um de nossos entes mais queridos para seu lado. Perdemos cada vez mais companheiros que jurávamos manter perto de nós. Somos soldados revestidos da mais bela armadura, mas mesmo assim nossas mãos são cada vez menores e nossos braços cada vez mais fracos para impedir que deixemos que todos a quem amamos façam parte do exército do mundo. Dói conscientizar isso, mas é a verdade.
As perguntas da mente são as mais variadas: “é minha culpa? Não lutei o bastante? É melhor deixar o mundo tomar conta? Dar tempo ao tempo?”.
Aliás, o tempo é uma arma que o mundo sabe usar com maestria, e que nosso exército ainda não conseguiu dominar muito bem. No dia em que entendermos e soubermos como lidar com o mesmo seremos ainda mais fortes, mas mesmo assim tenho minhas dúvidas se venceríamos a guerra ou se traríamos alguns de nossos ex-colegas de volta.
Confesso que não queria ter dúvidas sobre isso.
Dodo.

Ordem do Saber


Diário
24/11/2010
É triste, porém evidente o pensamento de que procuramos Deus apenas em nossas dificuldades.
Nos momentos em que estamos alegres, fruto claro, de todo o Seu amor para conosco e Sua ação em nossa vida, raramente nos lembramos Dele. E mais raramente ainda nos lembramos de agradecer, louvar e glorificá-lo, por simplesmente não estarmos precisando de nenhum milagre. Por simplesmente estarmos bem.
Se ora pesa-se em uma balança, os pedidos e os agradecimentos, eu creio, em minha humilde e humana, além de ignorante opinião, que a balança penderia, e muito para um lado. Os dos pedidos.
Acerta-se pelo fato Dele estar pronto, por seu amor e misericórdia a nos socorrer, ensinar, podar e nos levantar de qualquer tropeço, queda ou dificuldade que possamos estar passando, tendo ou verificando.
Porém, é de se atentar para o fato de que Ele, em toda a sua magnitude e poder, glória e sabedoria, como foi dito por seu próprio filho, que é a Palavra viva da criação, Ele próprio em carne e espírito, que Dele provém tudo.
Nesta linha de pensamento, muito bem explicada pelos evangelhos, cita-se o fato de que, ora, se o Altíssimo dá o alimento à todas as aves, todos os pássaros, a todos os animais, se Ele fornece todo o necessário para a manutenção da vida de toda a sua criação, em sublime perfeição, quanto mais nós, feitos à sua imagem e semelhança, sendo filhos dele, reconciliados através de Jesus.
Quanto mais nós.
Não é preciso lembrar a Deus do que precisamos, pois o Criador sabe muito bem do que necessitamos, mas ele jamais tampa os ouvidos para qualquer pedido que nós façamos. Mas com a mesma paixão e força com que pedimos, lembremo-nos Dele também nos momentos de agradecimento, e ainda mais nos momentos em que está tudo bem. Nos momentos em que “não precisamos Dele”, pois o fato de não precisarmos pedir a Ele, já é obra Dele. Ou, em nossa sã ignorância, achamos que a paz, e os tempos vindouros de nossa vida não são obras Dele? Seria extrema arrogância negar tamanha misericórdia imerecida por acharmos que traçamos sozinhos nossos bem-estares.
Com extrema alegria, prostremo-nos então de joelhos, naqueles dias em que “temos tudo”, e agradeçamos com o coração saltitante de felicidade pelo ar que respiramos, por tudo estar bem, e por fazermos parte da criação, por existirmos. Pela infinita misericórdia Dele por nós.
Dodo.

Ordem do Saber


Diário
03/11/2010
Vejo rostos tristes que deixam transparecer sonhos distantes.
Ao entrar em um ônibus, vejo rostos cansados. Cansados de seus trabalhos, exaustos pela pressão do mundo que os impulsiona a uma falsa verdade de que tudo está bem. Vejo semblantes tristes, semblantes incompletos.
É a mesma visão que eu tenho quando estou em cima de alguma ponte e olho para baixo. Para esta nossa cidade e sociedade. São tantas pessoas, tantas histórias de vida. Tantos sonhos. Pergunto-me: quais desses sonhos se tornaram realidade? O que essas pessoas pensavam quando eram menores? Elas são felizes hoje?
Não consigo obter essas respostas.
Só vejo rostos desolados, cansados, cheios de problemas.
É um povo nervoso. Um povo que está pregado ao consumismo que acaba com cada um deles. É triste ver isso.
Pessoas cansadas, estressadas. Irrealizadas. Fico tentando, através da simples observação de seus rostos, supor como é a vida deles. Queria vê-los felizes. Realizados, mas o peso e o príncipe do mundo não permitem isso.
São olhos vagos, vazios. Sem alegria.
Trabalham e se estressam. Para chegar em casa e se estressarem mais. O que posso eu fazer? Aparentemente nada. Pelo menos por enquanto.
Espero um dia proporcionar um pouco de amor e felicidade nesses peitos vazios que observo dia a dia. Não sei ainda como, mas com certeza um dia o farei.
Dodo.

Ordem do Saber


Diário
01/11/2010
O que é o amor?
Amar é deleitar-se em um mundo repleto do desconhecido mas que sentimos desde sempre pertencer. É navegar pelo infinito mar do coração alheio, sem bússola, mas sabendo exatamente onde chegar. Basta fechar os olhos e deixar-se levar. O guia? Seu coração. O destino? O coração alheio.
É sentir-se único apenas com o olhar da pessoa amada.
É ser simplesmente você mesmo. É fácil como respirar. Você não pensa, você faz. É quando o coração toma conta de seu corpo, limitando sua mente a um espaço mínimo. Local onde o mesmo deveria estar desde o início.
É ser verdadeiro. Quando se ama, não se inventa personagens. Você não realiza teatros, muito menos dramaturgia. Não pensa no que fala, porque sabe que no fundo, tudo o que você disser é bem aceito pela pessoa que te ama verdadeiramente.
É se encontrar quando você nunca percebeu estar perdido.
É simplesmente estar seguro, mesmo com o mundo caindo atrás de você, porque você sabe que basta um olhar, um toque da pessoa amada, e seguro estarás. Em casa retornarás. Não há nada melhor do que estar em casa. Não há nada melhor do que amar.
É querer fazer o máximo pela pessoa amada a cada minuto. Quando o amor é falso, isto dura apenas até o 3° mês de namoro. Quando é verdadeiro dura 30, 40, 50 anos. Não importa quanto tempo passe, ou como a pessoa esteja, quando se ama, a pessoa amada é simplesmente a mesma. A mesma que encantou seus olhos, a mesma que estava em sua mente a cada noite.
O amor não tem concordata com o prazer carnal. O amor é um sentimento. Sexo advém do sentimento. Se não vens, não é humano, é animal. Não possui sentido, a não ser o de satisfazer a carne, nos tornando cada vez mais vazios. Cada vez mais longe da felicidade.
Quando se está amando, você não possui vergonha de gargalhar. De se divertir, de ser simplesmente você mesmo. É compartilhar seus maiores segredos, suas maiores dúvidas, seus maiores medos, suas maiores felicidades.
É simplesmente esquecer de ti mesmo, e se concentrar em trazer felicidade à pessoa amada. É fazer qualquer coisa que a faça rir, por mais besta que seja, apenas para ver aquele sorriso, lindo e encantador que às vezes dá vontade de ficar olhando o dia inteiro, feito bobo.
É chorar a cada despedida. Sentir aquele aperto, de que você está deixando aquela pessoa que pertence à você para trás. Mesmo que por um dia, mas você sente, lá no fundo um aperto que te enche os olhos de lágrimas.
É sair sem a pessoa amada, se divertir com amigos, mas saber que, lá no fundo, a noite ou o dia estariam bem melhor e bem mais completas se ela estivesse lá, com você. Isso não é se esquecer dos amigos, isso é elevar a pessoa amada a um patamar maior. Isso se chama amor.
É transformar o futuro que antes era incerto, em algo certo. Claro. É não se preocupar com o futuro, porque o presente é tão bom, tão completo que você não quer que ele passe, não quer que ele acabe.
É se sentir a pessoa mais sortuda do mundo. E realmente a ser.
É deitar de noite, antes de dormir, e dar um leve sorriso, lembrando das coisas bobas e engraçadas que a pessoa amada faz você passar.
O amor age como uma barreira e uma lâmpada. Vai nos guiando, protegendo, iluminando o caminho e livrando-nos de todos os perigos. Nós nem pensamos nos perigos quando estamos apaixonados. Quando estamos amando.
Quem ama não olha para outra pessoa. O amor verdadeiro não permite isso. É inconcebível o pensamento de que você, estando apaixonado, ainda mais com uma aliança no dedo possa olhar para outra pessoa a desejando. Se sua pessoa amada fizer isso, esqueça. Ela não te ama. Porque quando se ama, a beleza envolve a pessoa amada, e a seus olhos ela é a única que merece ser olhada. Todas as outras pessoas se tornam míseras, falsas e pequenas belezas perto daquela pessoa que envolve seu coração. Tornam-se estrelas distantes perto do sol que é o seu amor. Desejar a carne alheia, se auto proclamando apaixonado é se enganar duplamente. E se enganar duas vezes dói mais no futuro, do que no presente.
O amor não vê beleza exterior. Quem se relaciona por ela, acaba se enganando triplamente. E quem se engana três vezes, sente mais na morte do que no presente. Porque tudo passa. A beleza passará, a juventude passará. Os “dotes” cairão. Mas o amor, este continuará lá. Até o fim. Quando toda a aparência física se for, o que restará para aquele que buscou se relacionar com outra pessoa apenas por sua beleza exterior?
Não existe prazer maior do que sentir os lábios e o calor da pessoa amada. É como se sentir um na outra pessoa.
“O homem se unirá a mulher, e juntos se tornarão uma só carne”
Felizes aqueles que sentem este sentimento ao menos uma vez na vida. Tristes aqueles que não eternizam estes momentos. A busca pela repetição nos torna ásperos a uma superação. O amor é um só. Não muda. É divino, mas foi permitido a nós. Humanos. O motivo?
Nossa felicidade.
Dodo

Ordem do Saber


Diário
29/10/2010
“Mais vale um dia em teus átrios do que milhares em minha casa”
Dia após dia nos esquecemos dos sinais.
Quantas vezes somos ludibriados por desejos infames e luxuosos de um futuro incerto e materialista que nos faz esquecermos à que viemos e porque existimos? Diante de tantas dificuldades, se torna realmente difícil seguir os ensinamentos e sinais que já existem em nossas almas antes mesmo de existirmos. Tais empecilhos não deveriam afetar-nos tanto, o que apenas revela nossa fraqueza e inexatidão que nos impede de existir segundo nossa verdadeira forma. A Palavra existe em nossa mente. É como um poderoso chamado em busca de nos revelar a felicidade, mas muitas vezes o mundo trata de cobrir, com um véu, nossos olhos perante isso. Cegando também nossos corações.
Entristece-me errar tanto assim.
São tantos prazeres condicionados à forma humana e ao mundo que tamanha barreira muitas vezes não pode ser derrubada. Falta-nos força onde deveria haver espadas. Falta-nos proteção onde deveria haver escudos.
É como estar em uma bifurcação, na escolha de dois caminhos, o qual um deles é óbviamente o correto. Mas mesmo assim escolhemos ir pelo meio. Entre os dois caminhos. Não podemos perder “a viagem espetacular” chamada vida enquanto que a gravidade espiritual nos puxa para o caminho certo.
Isso quando o caminho errado não nos enche de soberba a ponto de pensarmos que estamos, até o fim de nossas vidas seguindo pelo caminho certo.

Dodo

Ordem do Saber


Diário
28/10/2010
Matérias químicas, átomos, descendentes do macaco. Células, tecidos nervosos, órgãos, pele, epiderme, derme, veias, sangue, elementos químicos, prótons, elétrons, membros, vontades racionais, vontades irracionais.
Meus caros. Os cientistas descobriram do que o mundo e nós somos feitos. E não o que somos.
Afirmar que somos da mesma matéria das estrelas, não nos faz sermos filhos da terra. Não nos nega sermos filhos de Deus. A ciência, dia a dia está descobrindo a criação. Mas a criação não pode ser o Criador. Como uma criação pode se criar? Como uma invenção pode criar o inventor.
De uma simples explosão surgiu tudo.....confesso de que saber que isso é ensinado para nossas crianças me dá vontade chorar, sinceramente.
Teorias. O próprio nome já diz o que são. Teorias não são verdades. Se fossem verdades não se chamariam teorias.
A ciência existe para deslumbrar e denotar a quão perfeita é a criação. E não para destruir a idéia da existência do Criador.
O fato de sermos revestidos por carnes e ossos, não nos faz sermos seres de carnes e ossos. Somos filhos do Altíssimo. Somos seres que possuem sentimentos, que respiram o livre ar da vida.
Vejam quantos tipos de peixes, árvores, insetos, bactérias, estrelas, galáxias existem. Tudo em grande conjunto. Em grande beleza e envolvimento único. Tudo isto nasceu sozinho? É como dizer que um desenho se desenhou sozinho. O próprio desenho se desenhou. Inaceitável.
Descobrimos do que somos feitos, não o que somos.
Dodo

Ordem do Saber


Diário
28/10/2010
Tudo muda?
Não, corações não mudam. A única constante é a mudança? Não. A única constante são nossos erros. Erros que levam à mudanças. Mudanças que alegram o auto senso de satisfação humano enquanto escondem a máscara de uma verdade que a própria mente não consegue segurar. Uma verdade que indica o fim, mas ao mesmo tempo o início. O início do caminho para o abismo. O abismo de nossos corações.
Tal caminho às vezes é confundido com a falsa honra. Joguetes de um caminho sem volta. Retorno de um meio impecável de beleza e traição.
O que já fora anunciado, e posteriormente jogado fora, sendo ridicularizado, hoje se torna verdade. Uma verdade obscura, que não pode quebrar as barreiras da cegueira de algumas pessoas.
Julgada em épocas passadas, a verdade não espera o tempo. O tempo a traz de forma dura, mas não visível. Mas e quanto ao contentamento? Em que se deve engrandecer aqueles que avisaram isto? Em nada. Pois o prêmio é daqueles que não enxergaram.
A falsa honra e orgulho de nada esquentam ou alimentam o coração. A verdade já não se torna amiga e aliada quando o que sobra do amor é apenas o vazio.

Dodo

Ordem do Saber


Diário
15/10/2010
Infelizmente, dessa vez não posso discursar sobre este assunto, um pouco cômico, de certa forma, porque eu realmente não sei a resposta para o que vou perguntar. Sendo assim só posso jogar a pergunta para vocês, leitores, e esperar que essa indagação seja suspensa de minha mente, pois a cada vez que vejo isso, e me pergunto, risadas me vêm à mente:
- Porque as mulheres lançam olhar sobre as roupas das outras de maneira um pouco hostil?
É incrível. Eu não consigo entender.
Isso é realmente incrível e muito engraçado. Toda vez que adentro em um ônibus, em shoppings, nas ruas, sempre que uma mulher vê outra, lança-lhe um olhar sobre as botas, ou o calçado que se está calçando. Por que? E não é um olhar qualquer, mas um olhar minucioso e meticuloso a ponto de com certeza, com toda a certeza do mundo, saber e calcular todas as medidas, a cor, provavelmente onde comprou, a marca, isso se não souber como foi feito e tudo o mais, simplesmente apenas olhando uma vez.
Após isso, esse olhar sobe. Vendo da mesma forma as vestes de cima. E o mesmo cálculo provavelmente é feito. Sobre esse olhar incrível e perfeito, delimito-me a pensar que as mulheres ao olharem dessa forma sabem em que loja foi comprada e como foram feitas estas roupas que a outra está utilizando.
A expressão delas muda, do nada, como do dia para noite. É um olhar sério que se assemelha a um arquiteto olhando seu trabalho, ou um escultor analisando uma obra. Por que será???
O mais engraçado é o que vem depois desse olhar.
90% das vezes o olhar é seguido ou por uma expressão de deboche, ou por um comentário de: “aff...horrível/ridícula”
5% das vezes o olhar é seguido por uma expressão séria, ou por um comentário de: “bonito....hum....”
5% das vezes é dito algo que somente as mulheres entendem.
Observe uma mulher olhando para outra em qualquer lugar. E vocês verão do que estou falando, pois ainda hoje não encontrei uma só que fugisse a essa regra. Já imaginou se nós homens fizéssemos o mesmo?
Minha nossa...mas enfim. Apenas para sair da seriedade típica quis levantar essa questão. Embora tenha certeza que ninguém possui uma resposta, às vezes acho melhor para nós homens não sabermos.

Dodo.

Ordem do Saber


Diário
15/10/2010
A nostalgia nos invade, e toma conta das mentes daqueles que prezam o passado, que vivem eternamente um momento, mesmo que o mesmo tenha durado um segundo.
Já não é de hoje que nos pegamos muitas vezes sentados, observando o mundo à nossa volta quando somos invadidos por um leve sorriso em nossas bocas, e logo nos vem a lembrança de um momento especial. Alguém, um passeio, um sentimento, algo bom.
A nostalgia nada mais é que a eternização de algo que nosso coração guardou inconscientemente em algum lugar e que em certo momento quer nos mostrar o quanto aquilo foi bom. Muitas vezes vivemos sendo vítimas de um passado que não queremos largar, pois o que é o caminho humano senão a vivência de diversos momentos? E porque não guardar estes momentos, que tanto gostamos de contar para outros, eternamente em nossas mentes, como um filme, que precisa ser rodado várias e várias vezes para que nos lembremos muitas vezes de quem somos, do que fizemos e do quanto mudamos.
Nossa mente é bastante esperta e auto-suficiente. Podemos notar que a maioria de nossas nostalgias são momentos bons, nunca momentos ruins. E isso é simplesmente nossa psique nos protegendo de nós mesmo, pois gostamos da verdade, mas gostamos mais ainda da felicidade. Nosso cérebro tenta proteger nosso coração, e vice e versa, sem cessar, em uma batalha que ocorre dentro de nossa alma enquanto estamos ocupados demais com nossos afazeres. Quase nem notamos quando somos tomados por uma lembrança, uma recordação ou a simples constatação de que no passado éramos mais felizes.
Nossos pais amam o passado. Nossos avôs amam o passado. Cada geração acredita que no passado tudo era melhor. Isso é a constatação da nostalgia invadindo outros campos do pensamento. E prevendo que estamos caminhando para um caminho sem rumo.
É uma pena estarmos em tempos presentes tão frios, pois às vezes sinto que apenas o calor de nossas nostalgias parece aquecer-nos. Sinto dizer que vivo de nostalgias, me felicitando por tempos tão belos, tão bons, tão simples, onde apenas tínhamos de viver com o coração. Nada mais. Era fácil sorrir, fácil sentir, mais fácil ainda confiar.
Eu realmente entristeço-me por estes tempos presentes que com certeza não se tornarão nostalgias

Dodo.

Ordem do Saber


Diário
28/09/2010
Mais um ano de eleições. Mais um ano de escolhas, mais um ano das tendas armadas para o grande espetáculo chamado democracia. E este ano com novos artistas, palhaços, e outros seres que parecem tão fantasiosos que só poderiam ter saído da televisão mesmo. Às vezes é difícil saber se estamos vendo o horário eleitoral ou verdadeiros stand-ups.
Gostaria de atentar a alguns fatores.
O primeiro é sobre a incrível e bela utopia que é criada por aqueles dois partidos que eu prefiro não mencionar aqui mas que todos sabem de cor, pois só eles disputam o poder. Suas propagandas eleitorais são fantásticas. Produzidas por estúdios de edição de iguais adjetivos, cada começo de programa é um filme a parte. Mostram-se cachoeiras, usinas, pessoas trabalhando sorrindo, é simplesmente demais. Novamente me confundo se é um horário eleitoral ou um filme. Mas aí eu me esqueço que são empresas de edições cinematográficas que os fazem, e isso faz minha dúvida passar.
Será que já paramos para pensar em quanto se gasta no horário político? O quanto eles gastam para chegarem ao poder? E, sendo esta quantia absurda, é de se pensar que, quem está investindo esse dinheiro, com certeza irá querer de volta, e esta é uma lei da economia que não pode ser excluída de nossas mentes.
Ora, se alguém financia todos estes gastos, é de se pensar que tal ser físico ou jurídico irá querer de volta, e se os candidatos já não o fazem por si só, por não terem a quantia, eles deverão pagar isso a longo prazo. Mas como irão pagar se no momento atual não possuem? Hum.....isso é de se pensar.
Fora isso, existe o programa em si. Todos eles parecem ter a solução em suas pontas da língua. É incrível, são verdadeiros sábios.
- O que fazer com a fome?
“Vamos investir 20.000,00 no programa....”
-O que fazer com o trabalho?
“Vamos investir 10.000,00 no....”
- O que fazer com a educação?
“Vamos investir 90.000,000 no....”
Mas esperem um momento. Se eles acham ou se forem estas as respostas para as questões, e eles o sabem, porque já não fizeram? Nenhum deles diz que irão tentar, mas que a situação é difícil. Não. Todos eles têm certeza que precisam fazer isso para solucionar o problema. Toda eleição é a mesma coisa, são todos gênios. Ora, mas porque então já não fazem ou fizeram isto????????!!!!!!!!! O pior é que este candidato vai se eleger (qualquer um dos presidenciáveis) e daqui a quatro anos todos virão com a mesma conversa. Investir, investir, modernizar...mas porque então já não o fizeram???????????????????
Não consigo entender. Sinceramente. Como também não consigo entender como ainda mantemos estas pessoas no poder.
A democracia é bela, na teoria. Na prática ela é mais confusa e desorganizada do que parece, principalmente em nosso país. Nossos cidadãos ativos sabem do que precisam para se eleger, eles consultam pessoas para mexerem conosco. Eles sabem que tipo de programa chamará nossa atenção ou não.
Oba! Somos livres! Temos liberdade de votar em quem quisermos!! Viva!!
Viva mesmo?
Ora, vejamos o horário destinado à política.
Temos dois partidos com quase 20 minutos de programa e outros com 1 minuto e meio. Como estes que tem pouco tempo terão alguma chance de se eleger? Mas aí você pode pensar, eles são despreparados. Porque são despreparados? Porque não apresentam nenhuma proposta. Porque não apresentam nenhuma proposta? Porque não possuem tempo.
Então, somos tão livres assim para votar? Não somos nós induzidos indiretamente a votar em dois candidatos? Os que possuem maior tempo?
Imagine-se você em uma entrevista de emprego para a Microsoft, onde ganhará 20.000,00 por mês. Você disputa com outros três candidatos a fase final da seleção. O patrão chama todos para uma entrevista pessoal com ele. Ele faz as seguintes perguntas para todos:
- Quais suas qualificações, o que você pretende fazer aqui para melhorar esta empresa, e porque você merece estar aqui?
Ao primeiro ele dá 40 minutos para explicar. Ao segundo 30 minutos, assim como para o terceiro. Para você ele lhe dá 1 minuto. Isso é justo? Você terá chance de competir igualmente com os outros pela vaga, mesmo se for melhor que eles?
E ainda colocam em nossa mente que não devemos jogar nosso voto fora, votando em branco ou nulo. Ou seja, somos obrigados a aceitar aqueles que eles nos colocam senão estaremos jogando nosso direito fora? Sinceramente, acho que estamos votando em branco ou em nulo quando votamos na maioria destes que nos é apresentado.
Segundo palavras de Bento Ribeiro:
“Qual a diferença entre votar em uma merd... e uma bost.....?”
Vou fazê-los um questionamento que um dia um colega de classe meu, que por sinal adere ao comunismo me fez, há um tempo atrás quando o encontrei uma vez, anos depois da escola em um ônibus:
- Você se sente representado pelos que estão no poder?
O problema do Brasil, primeiro vem do seu tamanho. Certa vez um professor de ciências políticas mostrou-me que é muito mais fácil governar países pequenos do que grandes. Embora tudo seja subdividido (presidentes, governadores, prefeitos, vereadores) para que se cubra toda a área demográfica de nosso país, ainda assim existem diversas lacunas.
É só pensarmos como gerentes de uma empresa.Você consegue ser encarregado de 10 funcionários, mas consegue chefiar, sozinho, 1.000?
Por isso tudo é demorado, embora estejamos crescendo aos poucos.
Fora que, para um presidente formar um bom apoio, deve ter na câmara maioria de seu partido, senão a coisa não vai para frente. Ou seja, o importante não são as boas idéias para o Brasil. Essas idéias só serão válidas se quem as estiver propondo for do mesmo partido. Horrível.
Embora as propagandas mostrem um Brasil evoluindo, eu ainda consigo ver crianças passando fome, mendigos na rua, pessoas racionando comida de um dia para uma semana inteira, família passando o mês com um salário mínimo (e bota mínimo nisso). O país cresce em dinheiro. Parabéns às empresas! Que bom para os centros metropolitanos! Mas enquanto estamos pensando em quantas pós-graduações faremos, ainda existem crianças que nem sabem se irão comer.
Por isso, não nos enganemos com este teatro de vampiros que nos é apresentado dia a dia, duas vezes por dia.
Dodo

Ordem do Saber


Diário
29/09/2010
Inspirado pelo texto: “o que é a felicidade” – de Dama.
O conceito de felicidade vai mudando conforme o tempo. Isto é fato. Quando somos crianças nos sentíamos felizes realizando poucos atos. Brincando ou realizando algumas simples atividades. De certa forma nos sentíamos completos apenas brincando com nosso melhor amigo.
Mas esta felicidade e a descontinuidade da mesma estão ligadas ao campo de visão que temos quando ainda somos crianças. Nosso eu interior ainda não possui total visão da realidade, que talvez possa não ser tão real assim, que nos é imposta pelo mundo, que em mesma época nossos pais já possuem.
Quando crianças, as teias da opressão do mundo ainda não nos alcançaram, em parte por sermos inocentes e bons de coração, e em parte por não termos ainda aceitado-as, fato que faremos de forma obrigatória lá pelos 13, 14 anos.
Quando ainda somos crianças, não nos preocupamos se o mundo acabar, se haverão empregos para nós, se a política está correta, se a economia está dando bons rumos. Tudo isto fica do lado de fora de nosso isolamento infantil. Não de todas as crianças, pois muitas já ficam atentas a isto devido à dificuldades que passam e pelo fato de já se envolverem com questões mundanas desde cedo em prol de suas próprias sobrevivências.
Por isso, é de se denotar que enquanto estamos cercados por este “casulo”, estamos livres de todos estes pensamentos que no futuro nos farão nos sentir incompletos e tristes, e nos perguntar sobre o que é a felicidade.
Sendo assim, não existem mudanças dentro de nós que nos fazem nos perguntar sobre o que é a felicidade, mas sim o que muda é a nossa visão do mundo que nos cerca e todas as obrigações que vem, como um pacote, junto com tal visão. Conforme vamos crescendo, vamos percebendo fatos e conhecendo pessoas que farão com que criemos nosso próprio conceito de felicidade. Inclusive as dúvidas.
Cada vida possui sua felicidade própria. Sabemos o que é felicidade, mas cada mente possui sua própria visão de mundo e portanto de sua própria felicidade. Alguém rico pode se sentir feliz, e nós, mesmo sabendo que a riqueza material irá ser corroída pela traça e pelo caruncho, ainda assim não podemos desprezar tal pessoa, mas sim entendê-la pois a visão de mundo que ela teve pode tê-la levado a acreditar que esta é a verdadeira felicidade.
É errado montarmos uma “receita” de felicidade. Fazendo-se dessa forma, exclui-se a singularidade do ser humano e se generaliza algo que talvez para uma pessoa dê certo, mas que para outras possa não ser verdade.
O que existe é uma verdade. Que nos foi apresentada em um sermão sobre as bem aventuranças.
Os caminhos para se chegarem até ela são construídos através de momentos felizes e tristes. Pois ora, se não houvessem momentos tristes como valorizaríamos os felizes?
Vamos colocar nossa vida em parâmetro. Paremos por um segundo nossos afazeres e analisemos a que estado estamos. Perguntemo-nos então o que tem nos deixados felizes até o momento? É de se esperar que a resposta venha junto com a palavra amor.
Através desse sentimento consegue-se chegar à verdadeira felicidade. Os bons momentos de nossa vida foram propiciados sempre quando compartilhamos este sentimento com nossos amigos, família, conhecidos, amores, quando fizemos alguém sorrir, quando sorrimos junto com outra pessoa. Quando aprontamos e corremos para fugir de algo que nem consistia perigo. Quando dissemos aquilo que sentíamos de bom para outra pessoa.
Raramente a resposta virá de algo material que você comprou ou tem. Pois se assim for sua resposta, logo notará que esse bem já envelheceu, ou foi trocado por algo melhor, ou foi vendido, ou já quebrou ou simplesmente aquela estimação do início assim que adquirido já se foi, restando apenas a simples consciência do ter.
Atentemo-nos então para o que realmente nos faz feliz. Cada um sabe, não existem fórmulas para tal.
O amor vem de Deus, e ele propicia felicidade. Viva o amor, vivendo-o plenamente você vivenciará a Deus e de mesma forma encontrará a felicidade nas coisas mais simples.
Dodo.

Ordem do saber


Diário
29/09/2010
 “Como a filosofia kantiana, em especial de sua concepção de Fenômeno, o mundo não é mais que Representação. Esta conta com dois pólos inseparáveis: por um lado, o objeto, constituído a partir de espaço e tempo; por outro, a consciência subjetiva acerca do mundo, sem a qual este não existiria. Ao tomar consciência de si, o homem se experiencia como um ser movido por aspirações e paixões. Estas constituem a unidade da Vontade, compreendida como o princípio norteador da vida humana. Olhando para a natureza, percebe-se esta mesma vontade presente em todos os seres, figurando como fundamento de todo e qualquer movimento. A vontade corresponde à coisa-em-si; ela é o substrato último de toda realidade.
A vontade, no entanto, não se manifesta como um princípio racional; ao contrário, ela é o impulso cego que leva todo ente, desde o inorgânico até o homem, a desejar sua preservação. A consciência humana seria uma mera superfície, tendendo a encobrir, ao conferir causalidade a seus atos e ao próprio mundo, a irracionalidade inerente à vontade. Sendo deste modo compreendida, ela constitui, igualmente, a causa de todo sofrimento, uma vez que lança os entes em uma cadeia perpétua de aspirações sem fim, o que provoca a dor de permanecer algo que jamais consegue completar-se. Segundo tal concepção pessimista, o prazer consiste apenas na supressão momentânea da dor; esta é a única e verdadeira realidade.
Contudo, há alguns caminhos que possibilitam ao homem escapar da vontade, e assim, da dor que ela acarreta. A primeira via é a da arte. Cada modalidade artística, ao nos lançar em uma pura contemplação de Idéias, nos apresenta um grau de objetivação da vontade. Partindo da arquitetura como seu grau inferior, ao mostrar a resistência e as forças intrínsecas presentes na matéria, o último patamar desta contemplação reside na experiência musical; a música, por ser independente de toda imagem externa, é capaz de nos apresentar a pura vontade em seus movimentos próprios; a música é, pois, a própria vontade encarnada. Tal contemplação, trazendo a vontade para diante de nós, consegue nos livrar, momentaneamente, de seus liames.
A arte representa apenas um paliativo para o sofrimento humano. Outra possibilidade de escape é apontada através da moral. A conduta humana deve voltar-se para a superação do egoísmo; este provém da ilusão de individuação, pela qual um indivíduo deseja, constantemente, suplantar os outros. A compreensão da vontade faz aparecer todos os entes desde seu caráter único, o que leva, necessariamente, a um sentimento de fraternidade e a uma prática de caridade e compaixão.
Entretanto, a suprema felicidade somente pode ser conseguida pela anulação da vontade. Somente neste estado, o homem alcança a única felicidade real e estável.”
Schopenhauer – o cavaleiro solitário (morreu sozinho, com seu cachorro a quem acreditava que possuia a verdadeira amizade, pois animais, por não pensarem, não encobriam-se pela máscara do pensamento)

Ordem do Saber


Diário
24/09/2010
O que é a verdade? Quem diria a verdade?
Peço-lhes, com todo meu coração que não desanimem ao serem desacreditados por alguém, tanto por suas idéias, quanto por seus ideais, por seus pensamentos, por suas opiniões acerca de um assunto.
Não importa o que os outros disserem. Que você está errado, que suas idéias não fazem sentido, que o que você diz não tem nada a ver, que aquilo que você pensa não tem nada a ver uma coisa com a outra. Estes gênios modernos, que duram pouco tempo, pouco sabem da verdade. Tentam se assegurar a ideais que eles mesmos criam afim de amortizarem a consciência dos erros que estão cometendo. Se apegam a uma verdade, à palavras para darem razão aos seus atos. Atos estes que suas morais empurram para o interior da mente para não terem de lidar com o peso de seus erros.
Mas o que é a verdade? A verdade possui seu próprio ponto de vista. E cada ponto de vista depende daquele que o tem. O que seria a verdade? Seria o que fazemos afim de lidar e se adequar com as leis propostas pelo Estado, sociedade e família? Uma pessoa que está errada, raramente acha que está, pois a idéia de verdade nela é forte em sua mente, principalmente no que se trata de fatos não exatos.
A minha verdade pode não ser sua verdade. Mas então quem está certo? Como achar uma base para sustentar um ou outro pensamento?
A base está em nossa própria mente. Peço-lhes que apenas pensem e considerem todas as vertentes possíveis antes de se acharem poetas, gênios, filósofos ou seres humanos. Considere o modo como seu próximo pensa, o porquê ele pensa dessa maneira, e daí você o entenderá melhor que a si mesmo.
Sempre haverá aqueles que tentarão te derrubar. Que dirão que você está errado em tudo o que faz, pensa, etc. Mas não desanimem, a felicidade é um estado próprio e únicos de cada um. Se você se sentir bem com o que faz, você se sentirá feliz. Mas haverá sempre o outro lado.
O que te faz feliz deixa as pessoas ao seu redor felizes?
Lembrem-se que os grandes foram acusados de errados e morreram por suas idéias. Mas anos depois suas idéias foram consideradas certas. Por isso, temos de lutar e acreditar em nossos ideais assim como eles acreditaram. Ninguém que ama o que faz, o faz para ser famoso. Faz por sua própria realização, e esta realização não tem preço. Mesmo que o reconhecimento venha anos, séculos, milênios, ou horas depois. O que importa é que você deixou sua marca nesse mundo, sua assinatura. E se isto influenciou alguém, de forma direta, indireta, de forma certa ou contrária, aí valerá à pena.                                                 
 Dodo.