terça-feira, 15 de março de 2011

Ordem do Saber


Diário
30/04/2010
Cá estamos nós novamente, em um devaneio incessante de muitas emoções e pensamentos. Como extinguir um desejo que não pode ser realizado? Uma vontade que não pode ser cessada?
Sentimos que podemos ser muito mais do que somos, que podemos ter muito mais do que temos. Mas podemos mesmo? Não estaríamos nos iludindo cegamente atrás de nossa auto suficiência humana. Um fato é certo, hoje já não se quer mais conquistar o espaço do conhecimento e da auto realização. Estamos na verdadeira era da depressão. Novamente, mas dessa vez de verdade.
Se antes os humanos já se questionavam sobre o óbvio sentido da vida que está bem à face deles, quanto mais hoje. Qual o sentido da vida para os cidadãos esmagados e pressionados pelas tarefas do dia a dia? Dias estes que precisavam ter 72 horas para que possamos desfrutar dele da maneira correta.
Simplesmente as pessoas hoje se contentam em aprender para si mesmas e não para a melhoria do mundo. Muito menos para acrescentar algo a ele. Basta aprendermos tudo sobre nossas profissões, ganhar bastante dinheiro! Muito mesmo pois nunca estamos totalmente satisfeitos com o que temos (se antes essa ganância fosse por conhecimento!) . Daí perdermos nosso tempo livre, querendo sempre mais e mais! Basta isso hoje em dia. Basta apenas nosso bem estar físico e material. Nada mais importa. Nenhum sentimento importa. Problemas alheios? Tanto faz, desde que eu tenha um carro zero na garagem! Mas daí o tempo passa, passa, tão rápido quanto a ganância. E o que temos? Frieza, e a tão aclamada depressão. Percebe-se logo que falta algo em nós. Pelo menos a maioria percebe isso, a outra parte fica se perguntando o que está acontecendo e buscando cegamente algo que as complete. Já não importa o próximo, mas apenas nosso próprio bem estar. E isso acaba gerando uma sociedade dura e ríspida. Uma sociedade sem qualquer sentimento.
Isso muda quando encontramos nosso verdadeiro amor. Isso posso afirmar. Esse vazio se esvai. O motivo é simples. Sentimento. A falta e o vazio são completamente preenchidos com amor. Este sentimento que é divino e experimentamos em toda a sua essência quando somos puros para com o próximo. E há pessoas que duvidem da existência de Deus. Como duvidar daquele que é o amor? Daquele que criou este sentimento e nos permite vivenciá-lo?
Nossos antepassados mais longínquos devem estar muito tristes com o mundo hoje. Tantos que lutaram pelo saber e descobrimento da criação. Eles que enfrentaram cortes, afim de dar vida as suas teorias. Foram considerados loucos por defenderem aquilo que achavam estar certo na ciência, física, química. Foram mortos por isso. Apenas por conhecimento. E hoje? Está tudo descoberto? Se a ciência muda a cada momento devido às suas descobertas, como podemos nos contentar com as verdades que nos são anunciadas?                                                           
  Dodo.

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