domingo, 27 de março de 2011

Ordem do Saber


 

Diário
15/12/2010
As pessoas só querem saber de dinheiro. Apenas disso.
O mais incrível é que essas mesmas pessoas são as que vão nas igrejas. E isso me dói. Me dói tanto que tenho vontade sumir. Sumir de vista.
As idéias simples, sentimentais, são todas totalmente destruídas pela simples vontade do ser humano de se engrandecer perante o dinheiro. Pela simples, mas para mim, complicada, vontade de ser rico! De encher a boca com o dinheiro do mundo!
Não estou dizendo que a pessoa consiga viver sem dinheiro. A mesma morreria de fome. Estamos, sim, presos a este sistema e às regras do mundo. Mas temos mesmo de sucumbir dessa forma???? Aceitar tão grandemente estes grilhões que nos tornam tão vazios???? Será que a Verdade não consegue adentrar nos ouvidos das pessoas??? Estaríamos fazendo de modo errado a pregação dos verdadeiros valores? Ou os ouvidos alheios estão tapados pelas notas verdinhas????
Mas que coisa!!!!!!!!!
Chega de ser tão mundano!!
Antes colhíamos para comer. Este é o sentido do trabalho.
Nossos ancestrais trabalhavam, através da pesca, caça e plantação. Tudo o que eles faziam era trabalharem para suas próprias subsistências. Plantar e colher para comer. Apenas viver a vida!
Encaremos nosso trabalho também dessa forma!!!!! Como uma contribuição para o funcionamento da sociedade, que por sua vez possui suas próprias regras e meios de sobrevivência do capital, que precisa ser girado e mantido afim de não cair por sua própria teia. São diversos ramos que visam o bem estar da sociedade e do capital. E neste meio somos inseridos com nossas profissões e nossos postos de trabalho. A manutenção da sociedade. Cada um fazendo sua parte em seu próprio espaço limitado por seu emprego.
Essa definição talvez nos ajude a sentir-nos importantes de vez em quando, mas e quanto a ambição material??
Cresça! Cresça, cresça e cresça. Seja importante para nas reuniões de família se exibir como alguém bem sucedido perante quem não conseguiu jogar o jogo do mundo! Seja poderoso em sua empresa para que você possa reencontrar um amigo do colégio e se exibir mostrando que você é melhor que ele. Encontre um ex namorado, ou namorada para simplesmente mostrar o que esta pessoa perdeu! Ganhe o mundo!!!!! Ganhe o dinheiro!!!! Destrua aqueles que querem ganhar a Vida. E mostre a eles o luxo em que quer viver, e a vida que você planejou baseado em programas de televisão e filmes.
Morra. E deixe tudo neste mundo.
Certa vez, o homem mais brilhante que já viveu entre nós disse:
- Havia um homem que possuía farta colheita. Este homem teve a idéia de construir três celeiros, para que pudesse guardar toda a colheita com fartura e deixar para si, para vender e para nunca mais passar fome. Ele pensava: “nossa, como sou rico. Tenho tanto trigo em fartura o que mais posso querer?”. Um anjo chegou até ele nessa mesma noite e anunciou sua morte, dizendo que ele morreria nessa mesma noite, deixando tudo o que tinha planejado fazer com sua enorme colheita e seus celeiros para trás.
O homem que contou está parábola termina dizendo:
- Em verdade vos digo. Assim acontece com quem não junta tesouros no céu, mas se concentra em juntar tesouros aqui na terra, onde o caruncho e a traça corroem. Não juntem tesouros da terra, mas sim busquem juntar os tesouros do céu, onde nem a traça nem o caruncho podem corroer.
Esses dias a tristeza por este mundo tem me consumido em meus momentos mais solitários. Para onde estamos caminhando? Onde nosso mundo irá daqui há alguns anos? Em que estamos movendo nossas vidas?
 Não estou sendo radical a ponto de morrermos de fome, apenas gostaria que deixássemos de lado um pouco este apreço pelo dinheiro. O dinheiro pertence ao mundo, e aqui ele deve ficar. Façamos uso do mesmo para felicitar aqueles que precisam. É como usar a arma de um inimigo contra ele mesmo. O dinheiro é do mundo. Ok. Ele faz mal. Ok. Peguemos nosso dinheiro e transformemos em algo bom. O mundo com certeza não iria gostar.
Amados, que o amor nos envolva cada vez mais. Não depositemos nosso coração no material.
Dodo.

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