sexta-feira, 18 de março de 2011

Ordem do Saber


Diário
03/11/2010
Vejo rostos tristes que deixam transparecer sonhos distantes.
Ao entrar em um ônibus, vejo rostos cansados. Cansados de seus trabalhos, exaustos pela pressão do mundo que os impulsiona a uma falsa verdade de que tudo está bem. Vejo semblantes tristes, semblantes incompletos.
É a mesma visão que eu tenho quando estou em cima de alguma ponte e olho para baixo. Para esta nossa cidade e sociedade. São tantas pessoas, tantas histórias de vida. Tantos sonhos. Pergunto-me: quais desses sonhos se tornaram realidade? O que essas pessoas pensavam quando eram menores? Elas são felizes hoje?
Não consigo obter essas respostas.
Só vejo rostos desolados, cansados, cheios de problemas.
É um povo nervoso. Um povo que está pregado ao consumismo que acaba com cada um deles. É triste ver isso.
Pessoas cansadas, estressadas. Irrealizadas. Fico tentando, através da simples observação de seus rostos, supor como é a vida deles. Queria vê-los felizes. Realizados, mas o peso e o príncipe do mundo não permitem isso.
São olhos vagos, vazios. Sem alegria.
Trabalham e se estressam. Para chegar em casa e se estressarem mais. O que posso eu fazer? Aparentemente nada. Pelo menos por enquanto.
Espero um dia proporcionar um pouco de amor e felicidade nesses peitos vazios que observo dia a dia. Não sei ainda como, mas com certeza um dia o farei.
Dodo.

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