sexta-feira, 18 de março de 2011

Ordem do Saber


Diário

20/11/2010

O mundo, queira ou não, ri de todos nós.

Um a um, nos tornamos, inevitávelmente motivo de risada e orgulho para o mundo em si, em sua forma e essência. Em sua própria inteligência e abraço.

Através de caminhos, veredas que se apresentam certas, limpas, puras conforme a própria consciência daqueles que caminham por elas, pelo corpo do mundo, adentrando rumo à boca do mesmo. A ponto de ter, como término, a garganta do mundo.

E é nesta hora que o ser humano é engolido pelo mundo. Ele caminha duramente para no final ser engolido. Daí para frente, segue-se a batalha incessante do que o ser conquistou ou não. No estômago do mundo, a necessidade se torna variável, conforme o que possui do próprio mundo. Retirado do mesmo.

Antes de ser despejado pelo corpo do mundo, o mesmo pega tudo o que é dele de volta, devolvendo para o local onde antes estava. Para que outras pessoas possam assim desfrutar daquilo que os engolidos desfrutaram, e acharam tolamente que era deles. O alimento nunca poderá dominar o que é daquele que o come.

Ao sair do mundo, pelo modo mais escroto e sujo possível, o ser humano nota, se for capaz de vislumbrar seus próprios erros o que deveria ter feito. E vê que nunca possuiu nada além de si mesmo. Nota que sua força estava sempre dele mesmo. Que a esperança morreu no meio do caminho, que a fé há muito fora abandonada por ele.

O mundo ri de todos que ele engole. De todos que se perdem em seus caminhos. Ele ri sem parar de cada um de nós.

Dodo

Nenhum comentário:

Postar um comentário