terça-feira, 15 de março de 2011

Ordem do Saber


Diário
21/06/2010
Perdão discursar sobre um tema pessoal, adianto-lhes que devo exteriorizar meus sentimentos, e colocá-los à disposição de vós, leitores assíduos de nossas ações literárias, na crença de que talvez minhas palavras, em forma de poesia, possam talvez serem vossos raios de luz em suas dúvidas e anseios emocionais, ou sentimentais. Sei que devemos cuidar do mundo e de seus problemas, mas a Ordem do Saber possui também caráter intelectual individual, como um espaço para desabafarmos sobre algo que nos perturba, porque assim vem sendo desde nossa criação.

Permita-me dizer meu amor;
que já não lhe posso chamar por esta alcunha;
pois parece-me que já não queres ser chamada deste modo.

Enquanto a dor para mim não passou,
desde o momento em que descobri tudo;
para você parece ter passado,
como uma forte ventania, e sobreviveste,
me felicitando por isto.

Mas eu não sou você,
não sinto como você,
em mim ainda dói,
te ver daquela maneira,
querendo ainda ser seu namorado.

Seria a falta de sentimento que me faz sentir este sentimento?
Ou já estamos tão distantes, que a falta de distância impõe a própria separação nos distanciando?
Enquanto as lágrimas se tornam secas em meus olhos, seu sorriso ainda é o mesmo de outrora.
Outros tempos antigos, tempos em que eu desfrutava de uma verdadeira felicidade,
doravante tua presença em minha vida.

Pergunto-me, de maneira inconstante porque minha dor não calça botas e vagueias para longe de sua atual moradia, meu coração.
Porque devo compartilhar meu próprio espaço com esta dor.
Imagino-me neste pensamento:

- Ó amiga inseparável, tu voltaste até mim, novamente. Gostas de estar comigo, parece ter sido feita para mim. Mas sei que irás embora, pois embora tua presença esteja de forma conjugada a minha existência, não aprecio sua companhia, ó solidão. –

Cercado por poucos e valentes guerreiros leais que querem meu sorriso,
este último vos vem, sendo apenas um sorriso,
mas não verdadeira felicidade, como nos tempos de outrora.
É uma risada mecânica, da natureza, e não sentimental.

Transporto-me a outras eras dentro de minha própria mente,
Um local florido, feliz, que eu mesmo criei.
Gosto de lá.
Espero encontrar algo semelhante aqui, do lado de fora.

Enquanto isso ergo meus muros, barricadas e torres.
Como em uma guerra, pois não sei quem mais poderá me destruir.


Dodo

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