sexta-feira, 18 de março de 2011

Ordem do Saber


Diário
29/09/2010
Inspirado pelo texto: “o que é a felicidade” – de Dama.
O conceito de felicidade vai mudando conforme o tempo. Isto é fato. Quando somos crianças nos sentíamos felizes realizando poucos atos. Brincando ou realizando algumas simples atividades. De certa forma nos sentíamos completos apenas brincando com nosso melhor amigo.
Mas esta felicidade e a descontinuidade da mesma estão ligadas ao campo de visão que temos quando ainda somos crianças. Nosso eu interior ainda não possui total visão da realidade, que talvez possa não ser tão real assim, que nos é imposta pelo mundo, que em mesma época nossos pais já possuem.
Quando crianças, as teias da opressão do mundo ainda não nos alcançaram, em parte por sermos inocentes e bons de coração, e em parte por não termos ainda aceitado-as, fato que faremos de forma obrigatória lá pelos 13, 14 anos.
Quando ainda somos crianças, não nos preocupamos se o mundo acabar, se haverão empregos para nós, se a política está correta, se a economia está dando bons rumos. Tudo isto fica do lado de fora de nosso isolamento infantil. Não de todas as crianças, pois muitas já ficam atentas a isto devido à dificuldades que passam e pelo fato de já se envolverem com questões mundanas desde cedo em prol de suas próprias sobrevivências.
Por isso, é de se denotar que enquanto estamos cercados por este “casulo”, estamos livres de todos estes pensamentos que no futuro nos farão nos sentir incompletos e tristes, e nos perguntar sobre o que é a felicidade.
Sendo assim, não existem mudanças dentro de nós que nos fazem nos perguntar sobre o que é a felicidade, mas sim o que muda é a nossa visão do mundo que nos cerca e todas as obrigações que vem, como um pacote, junto com tal visão. Conforme vamos crescendo, vamos percebendo fatos e conhecendo pessoas que farão com que criemos nosso próprio conceito de felicidade. Inclusive as dúvidas.
Cada vida possui sua felicidade própria. Sabemos o que é felicidade, mas cada mente possui sua própria visão de mundo e portanto de sua própria felicidade. Alguém rico pode se sentir feliz, e nós, mesmo sabendo que a riqueza material irá ser corroída pela traça e pelo caruncho, ainda assim não podemos desprezar tal pessoa, mas sim entendê-la pois a visão de mundo que ela teve pode tê-la levado a acreditar que esta é a verdadeira felicidade.
É errado montarmos uma “receita” de felicidade. Fazendo-se dessa forma, exclui-se a singularidade do ser humano e se generaliza algo que talvez para uma pessoa dê certo, mas que para outras possa não ser verdade.
O que existe é uma verdade. Que nos foi apresentada em um sermão sobre as bem aventuranças.
Os caminhos para se chegarem até ela são construídos através de momentos felizes e tristes. Pois ora, se não houvessem momentos tristes como valorizaríamos os felizes?
Vamos colocar nossa vida em parâmetro. Paremos por um segundo nossos afazeres e analisemos a que estado estamos. Perguntemo-nos então o que tem nos deixados felizes até o momento? É de se esperar que a resposta venha junto com a palavra amor.
Através desse sentimento consegue-se chegar à verdadeira felicidade. Os bons momentos de nossa vida foram propiciados sempre quando compartilhamos este sentimento com nossos amigos, família, conhecidos, amores, quando fizemos alguém sorrir, quando sorrimos junto com outra pessoa. Quando aprontamos e corremos para fugir de algo que nem consistia perigo. Quando dissemos aquilo que sentíamos de bom para outra pessoa.
Raramente a resposta virá de algo material que você comprou ou tem. Pois se assim for sua resposta, logo notará que esse bem já envelheceu, ou foi trocado por algo melhor, ou foi vendido, ou já quebrou ou simplesmente aquela estimação do início assim que adquirido já se foi, restando apenas a simples consciência do ter.
Atentemo-nos então para o que realmente nos faz feliz. Cada um sabe, não existem fórmulas para tal.
O amor vem de Deus, e ele propicia felicidade. Viva o amor, vivendo-o plenamente você vivenciará a Deus e de mesma forma encontrará a felicidade nas coisas mais simples.
Dodo.

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