terça-feira, 15 de março de 2011

Ordem do Saber



Diário
29/06/2010
Muitos se perguntam sobre a riqueza, a beleza e a vida. O primeiro foi incluído na mente do ser humano com o surgimento da acumulação dos bens. Mas a concretização da ganância surge com os estados capitalistas que assim como o segundo item dão as caras em nossa existência no séc. XX, O último é um questionamento quase que eterno, desde tempos longínquos. A vida.
Eu vos digo que os três estão muito interligados como um só em nossa sociedade e também em nossa mente, infelizmente. Na verdade, a vertente do esquema funciona desta maneira. Queremos, mesmo que inconsciente, pois isto é embutido em nossas mentes por todos os meios de comunicação possíveis, a riqueza seguido de beleza, o primeiro geralmente cria o segundo. E nisto se encaixa a vida. A qual direcionamos no sentido de alcançar as duas primeiras.
Não é triste?
Uma velha frase nos vem à mente quase que cotidianamente: “dinheiro não traz felicidade”. Ok, diga isso a todos os comercias que sempre apresentam pessoas rindo e felizes diante de terem adquirido o produto que apresentam. Produto este que precisa do dinheiro para se possuir. Viu como somos induzidos a procurar o dinheiro para suprir nossas felicidades? Existe toda uma gama de mensagens subliminares que são absorvidas por nosso inconsciente, e quase que como automáticamente, um estilo de vida nos é ditado.
O dinheiro, e todas as riquezas desse mundo pertencem a este mundo. E os donos delas são todos aqueles que possuem coração para o qual as riquezas foram criadas. Se você quiser ter todas as riquezas desse mundo, correr atrás do dinheiro, é simples, basta você ser um de seus soldados. O dinheiro foi feito para aqueles ambiciosos, pois quando se quer muito algo, se acaba conseguindo, isso é fato. Mova seu coração ao dinheiro, mova sua mente a ele, e você o terá. Ele não foi feito para aqueles que possuem bom coração. Pois os mesmo não se apegam a ele. Ele gosta de todos aqueles que gostam dele, é uma relação fraterna e mútua por assim dizer. O dinheiro e aqueles que o querem.
Mas lhes afirmo: o dinheiro não traz felicidade. De maneira alguma. Ele apenas propicia sensações advindas de mundo terreno. Se você colocar seu coração nessas sensações, se realmente achar que isto é felicidade, então o dinheiro lhe trará felicidade. Mas sabemos que isto não é felicidade.
Quem já se apaixonou, sabe o que é felicidade. Um sentimento verdadeiro, algo que nasce de dentro de você, que continua lá, tenha você 1.000,00 ou 1,00 real. Algo que vai crescendo conforme ações e palavras, que o dinheiro não pode tocar. Esse sentimento tão verdadeiro, o amor. Isto propicia a verdadeira felicidade. E não estou dizendo somente do amor casal. Mas sim de passar bons momentos com todos aqueles que você ama e adora passar um tempo. Amigos, familiares, eles não lhe trazem um bom sentimento quando estão perto de você? E isto não vem do dinheiro, mas da verdadeira essência humana. De nossa função quase que divina, amar. Aquilo que nos torna ainda mais humanos. O homem pode parecer frio, mas ele não é. Nunca. Dentro dele sempre existe espaço para um sentimento bom. Pois está em nossa essência de vida, em nossa natureza, em nossa racionalização.
De mesma forma, ao aceitarmos isso, traremos à tona o segundo tópico citado acima. Como enxergamos as pessoas? Através de suas aparências. Isso é fato. Não importa seu interior, realmente não importa. Só importa o quão ele se parece com os padrões de beleza impostos sobre nós pelas indústrias dos cosméticos e da moda. E isso nos separa de toda nossa beleza humana.
Convenhamos que um padrão de beleza é imposto. Então, veja o quão injusto isto é. Nossa formação física vem de nossos genes que são transmitidos por nossos pais e mães, e toda a nossa genealogia anterior. Portanto, você é fruto de uma escolha que não é sua. Você mesmo não molda seu corpo. Que chance você tem contra esses padrões infrutíferos de beleza? Você deve nascer de uma forma, mas não se tem escolha sobre isso. Você deve pagar por isso? Isso vem de todo o nosso capitalismo, criado por nós mesmos.
Vamos viajar um pouco sobre os confins de nosso mundo, exemplo este que serve em todos os continentes, em esfera global por assim dizer. Se observarmos as tribos indígenas mais distantes e que ainda tentam conviver com seus costumes, veremos que as mulheres andam semi-nuas e isto não causa nenhuma reação sexual nos homens. Por que será? Veremos que os casamentos lá não se seguem por beleza alguma, mas por tradições antigas das relações conjugais. Como entender isto? Simples, a televisão ainda não os alcançou. Todo o padrão de beleza que é necessário para que seja uma estrela da novela, dos comerciais, todo aquele mundo sem defeito algum, sem marca alguma, ainda não chegou até eles, fazendo-os crer ainda, de forma correta claro, que os seres humanos devem ficar juntos por serem seres humanos. Nada mais.
E a vida? E a nossa vida? E ela? Como andas? A que movemos? Para o que movemos? Para onde vamos?
Por favor, parem de tirar a culpa do ser humano. Muitas religiões tentam absolver o ser humano de sua culpa sobre o atual estado da sociedade, jogando a responsabilidade para fatores externos, seres, vidas passadas. Não! A culpa é do ser humano, de toda a espécie humana, do que ela faz no presente, de todas as ações que ela realiza e que interferem em diversas vidas ao mesmo tempo. Mas toda a culpa é do ser humano. De ninguém mais. Afim de que assumamos nossos erros, sabendo como evitá-los novamente, possamos talvez seguir por um caminho certo.

Dodo.

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