sexta-feira, 1 de abril de 2011

Ordem do Saber


Diário
20/12/2010
Que tal nos amar como somos?
Que tal parar um pouco de nos comparar aos grandes astros (construídos para alimentar a indústria de cosméticos) e nos sentirmos orgulhosos por sermos como somos. Por termos nosso corpo, por termos uma vida. Dentre todos os animais possíveis, nascemos como humanos.
Que tal darmos graças e nos alegrarmos por termos uma mente, uma de nossas maiores dádivas. Que tal nos sentir felicitados por podermos pensar. Por podermos refletir. Por estarmos simplesmente neste mundo, que embora cruel, nos possibilita experiências incríveis, tanto boas quanto ruins (para nosso crescimento).
Que tal sentirmos como os últimos, mas ao mesmo tempo os primeiros, por simplesmente fazer parte da Criação. Nós fazemos parte da Criação!
Tamanha dádiva, imerecida, claro, mas não menos ávida nos coloca em um patamar de perfeição natural e primária. Fomos feitos pelo Criador. E, dessa forma, sabendo que ele não erra, mas que nossa mente humana muitas vezes pensa de forma contrária a essa, é de se mentalizar que não somos errados. Somos errantes. Pecadores, por nossa própria culpa, mas nada mais que isso. No fundo, somos imagem e semelhança de Deus. Sendo assim, como às vezes podemos nos sentir feios, diminuídos, menosprezados e tristes, simplesmente por não termos nascido de certa forma? Certa forma que nos é imposta pela TV, revistas de moda, que ditam conceitos e costumes que de maneira direta ou indireta adentram em nossa mente, nos levando a ter certo grau de insatisfação perante nós mesmos em relação à estes modelos criados apenas para que consumamos os produtos vendidos por esta indústria da exteriorização  e assim diminuamos nossa insatisfação perante a ditadura da moda e da beleza.
Sem, novamente, levar-se a extremos. Nossa beleza é algo natural, e que precisa sim, ser cuidada, mas que não deve jamais embutir em nossa mente sentimentos de desigualdade, tristeza ou algo desse tipo, que nos deixe de forma abalada, simplesmente por não correspondermos às expectativas do mundo.
A felicidade aí não está. O que temos referente à beleza estética já é dita pela própria nominação da mesma. É estética, aparência.
É de fato que todos precisam de aparência, mas temos algo dentro de nós, que pode cobrir e transformar o que temos por fora. E isso se chama coração.
Dodo

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