sexta-feira, 1 de abril de 2011

Ordem do Saber


Diário

29/12/2010

Então este é o fim do romance?

É aqui que morre o sentir? E se dá o início da descrença?

É em nossa geração que a certeza do coração vai sucumbir perante as dúvidas da mente?

Creio que sim. De plena e pura vontade, de opinião revista simplesmente pelo estudo e análise da mente das pessoas afirmo. É em nossa geração que o romance vai morrer. Ele não vai desaparecer. Isso demorará mais duas ou três gerações. Ainda continuará em algumas pessoas.

Serão poucos. E serão sofredores. Mas carregarão o prêmio da consolação de serem verdadeiros. De crerem que existe algo além do eros.

Que existe algo além das regras impostas e exageradamente expostas pela sociedade, as quais tentam esmagar o sentir, que deveria ser livre.

O sentir age sozinho. Ele nasce do coração, e ali se instala. Mas contra ele, como um tsunami, vem a razão do mundo. Que simplesmente seriam todas as barreiras construídas a partir do cimento das dúvidas.

Fechemos os olhos. Sintamos o mundo. A Criação.

Sintamos o coração alheio. Achemos o coração do próximo. Compartilhemos desse plano que não é visto pelos olhos. Mas sim pelo coração.

É um mundo novo. Um mundo que está dentro de nós mesmos. Nesse mundo não existe regras, e a sociedade cai diante dele. É um mundo do coração. A maioria das pessoas vive isso um dia, mas nem se dão conta do que é. Pensam ainda estar nesse mundo.

Quem dera todas as pessoas vivessem isso pelo menos uma vez em suas vidas.

O dinheiro não entra nesse mundo.

É um mundo de sorrisos. É como pular de um prédio e nunca cair. Mas sim voar. Planar sobre esse mundo.

Isso se chama romance. E está morrendo.

Dodo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário