sexta-feira, 15 de julho de 2011

Palavras Soltas II (Não Quero Mais Andar Por Essa Estrada)




“Eu não quero mais andar por esta estrada, eu não quero mais fingir estar andando atrás de um nada.
Não quero mais caminhar pela ilha da minha tristeza, nem lidar com este fato, não quero que este sentimento adormeça.
Não quero estar atrás de algo que não me pertence, algo longe, algo distante. Quero seguir em frente, andar por novos caminhos, seguir adiante.
Estou procurando ser eu mesmo e apenas eu, ando com as mãos nos bolsos, cabeça baixa, e uma pequena agonia em meu peito. Só queria que houvesse valor em tudo o que tenho feito.
Torço para que um dia isso pare de bater.
O que me entristece é saber:
Que tudo não passou de algo de minha mente, minha bela ilusão que tanto me deixava contente.
Pensei que estava acreditando em meu coração.
Doce paixão.
Já não sei mais em que acreditar.
Será que fui tolo em apenas lhe desejar?
E é nesta confusão que me encontro, vagando por aí.
É um pouco duro desacreditar do que a gente acredita como certo. Ainda mais com pessoas ao meu redor me dizendo, indiretamente, que eu deveria ter sido mais esperto.
Será que eu sonhei demais? Este seria o preço por querer ser algo a mais?
Realmente a confusão já tomou o lugar da minha cabeça, escuto vozes me dizendo que eu deveria esquecer. Que eu mesmo criei isso, que eu deveria por outros sentidos minha vida mover.
Dizem que inventei tudo. E é isso o que mais me dói. É isso que um pedaço de minha alma corrói.
Pois se for verdade, não passaria eu de apenas um bobo. Um tolo sonhador.
E este é o resultado de um não.
A dúvida que bate em meu coração, e que abate diretamente a alegria de minha feição.
Procuro por esta resposta, dentro de mim mesmo, em meu interior, mas nada encontro aqui além dessa fina dor.
Por isso continuo vagando, por esta estrada que parece não ter um fim, enquanto espero o tempo dar esta resposta para mim.
Minhas mãos ainda continuam no bolso, um leve frio bate em minha face, continuo olhando para o chão, mas voltei a sorrir, mesmo que de leve, pouco ainda, mas o suficiente para ver um pequeno raio de luz surgir.”

Dodo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário