sexta-feira, 15 de julho de 2011

Ordem do Saber




Diário

27/06/2011

Sempre queremos aquilo que não podemos ter.

Talvez este desejo insano que muitas vezes é confundido com ganância, venha de muito de nossos ancestrais e de tempos remotos de nossa espécie. Mas uma coisa é fato, sempre estamos atrás daquilo que não podemos ter.

Na pura concordância de que o ser humano é capaz de realizar tudo o que ele quer, desde que deseje do fundo de seu coração, e com a mesma intensidade o faça, não é correto, pois, afirmar de mesma maneira quando tal desejo envolver outra pessoa no processo, caminho ou o fim em si. Porque dessa forma estaremos entrando no limite do livre arbítrio alheio.

Mas creio que a liberdade alheia seja tema para outras discussões, em outras páginas não lidas em breve, talvez.

Seja pela vontade de conquista nômade que o ser humano desenvolveu, e que hoje se restringe aos seus próprios sonhos, ou simplesmente, mas mal justificada, pela vontade de sobreviver, como alguns tolos costumam dizer, o ser humano sempre anseia pelo que não tem. Nunca está satisfeito com o que já possui.

Ele sempre quer mais.

Tempos modernos de vida, sim, devem ser abolidos, pois sem o desejo de descobertas, a humanidade em si não evolui. Pelo menos não no estado em que nos encontramos. Mas o problema está na convicção de caminhos fechados por pura frustração de não conseguir alcançar aquilo que não se necessitava ter.

Busquemos nossa própria sobrevivência, e a sobrevivência de nossa própria auto satisfação. Mas a aceitação de que muitas vezes não precisamos de algo que tanto queremos, simplesmente para aumento de nossos próprios egos deve ser realizada enquanto ainda existe tempo.

E enquanto ainda existe tempo, de mesma forma, é importante começar a enxergar novos caminhos além dos horizontes já conhecidos. Além das fronteiras já andadas.

Muito do que vemos e consequentemente desejamos está ali pelo simples motivo de aumentar nosso ego. E aquela necessidade de aceitação pela parcela da sociedade que “adora” aquilo que nos trará tais benefícios logo mudará de alvo. A aceitação externa não pode definir totalmente a aceitação interna. Mas sim, esse ciclo tem de ser feito de forma contrária.

Por isso o desejo de ser belo, de ser famoso, de ter o carro mais novo, de ter a maior casa, de subir de cargo no trabalho, de ser rico. Não é pela sobrevivência, não é para ajudar os outros, não é para fazer justiça, mas simplesmente porque a sociedade adora quem possui isso. Simplesmente possuem outros olhos para eles. E todas as pessoas gostariam que a sociedade tivesse outros olhos para cada um. Quem não gosta de ser aceito, de ter status?

Mas o erro disso está nos valores. Alterando-se os já alterados valores de cada um de nós, mudaríamos a necessidade de nossos egos, mudaríamos nossos pensamentos, mudaríamos nossos desejos e mudaríamos o mundo.

O mais simples, é tão simples que é muito complicado.

Dodo.


3 comentários:

  1. teoria interessante...o ser humano trabalha mais para os outros do que pra si mesmo... mesmo sendo autonomo...quantas pessoas não tem seu proprio negocio...ganham bastante dinheiro mais tudo que ele vê, é se os outros estão prestando atenção nele, como os outros adimiram ele por ele ter tudo, como se destaca...eu pessoalmente acho isso uma babaquisse, ipocrisia...mais la no fundo ele mesmo sabe que não tem nada...que ele precisa mais dos outros do os outros dele, essa é a verdade...

    Valeu... obrigado pela visita volte mais vees ta te espero la...

    Sinceramente: O Garoto do Blog

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  2. Gostei muito do seu blog, parabéns! *-*

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  3. Garoto do Blog, as pessoas sempre estão atrás daquilo que não podem ter mesmo. É meio triste isso, nunca estão satisfeitas com o que possuem.

    Obrigado Karine.

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