domingo, 19 de junho de 2011

Quem Diria




Quem diria que eu acabaria me dando mal,
Quem diria que eu descobriria que acreditar não é o bastante,
Quem diria que o romance morreu nos corações alheios,
Quem diria que o incerto, certamente é o errado,
Quem diria que no final das contas eu me sentiria assim, deslocado,
Quem diria que meu coração, o que sobrou dele seria desfragmentado mais uma vez em diversas e incontáveis partes,
Quem diria que os sonhos são apenas para serem sonhados,
Que a gente nunca os tem de olhos abertos, acordados,
Quem diria que as lágrimas surgiriam novamente aos meus olhos, enquanto escrevo isso,
Quem diria que a esperança nasce pelas palavras escritas em uma declaração, e morrem em um simples papel,
Quem diria que demonstrar o seu gostar, de forma pura, sem malícia, de modo como todos os contos de fada contam, do modo como todos sonham um dia ter não é bastante.
Quem diria que em troca de um pedido de “paciência”, pelo respeito à liberdade de outra pessoa, eu acabaria pagando pelo mesmo resultado de um qualquer,
Quem diria que o diferente seria tratado de forma igual a todos,
Quem diria que o início seria o fim antes do começo,
Quem diria que mendigar amor certamente é errado,
Quem diria que eu estivesse sentindo novamente essa vontade sumir, de novamente não acreditar em outra pessoa,
Quem diria que minhas feridas seriam abertas pela pessoa que eu jurava que iria fechá-las.
Quem diria que acreditar em mim, em um sentimento, em um gostar, em um sonho, não é o bastante,
Quem diria que o respeito de nada vale,
Quem diria que tudo mudaria, se inverteria em menos de 20 minutos,
Quem diria que todas as noites acordados, escrevendo poemas para você, a fim de fazê-la sonhar com algo incrível, de nada valeria. Afinal é apenas papel, não?
Não, tudo aquilo era meu coração. Meu coração em palavras, em versos, em rimas. Infantil não?
Não, não eram infantis, eram verdadeiros.
Quem diria.....
Quem diria que o valor seria restrito ao que não se possui,
Quem diria que eu estive viajando todo este tempo por um deserto.

Quem diria? Quem diria?
Todos disseram, mas eu não dei ouvidos. Sabe por que? Porque sempre acreditei em algo maior, sempre acreditei em você,
Mas quem diria.....quem diria,
Eles estavam certos,
Eu estava errado,
Isso me faz voltar alguns anos atrás, alguns meses atrás.

Meu peito mudou,
Ele arde, mas agora é diferente. Meu peito arde, mas sai pelos meus olhos, em forma de lágrimas,
Lágrimas pelo que recebi de volta,
Lágrimas por sonhar,
Lágrimas por simplesmente ser diferente,
Por pensar em algo belo, algo eterno,
Lágrimas por ser novamente um idiota,

Eu adoro ser idiota,
Adoro porque eu sou assim,
Tempo ao tempo?
Não, o tempo nunca foi meu amigo, e nunca será,
A vida sim, esta ensina,
Mas eu não aprendo com ela. Não,
Prefiro ainda andar na contramão, contra a correnteza da vida e desse mundo.

Vai ser difícil dormir hoje......

Dodo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário