domingo, 12 de junho de 2011

Há corações jogados fora



"Há corações jogados fora,
Tem confusão na cidade afora,
Em meu peito há leves batidas,
Que já foram fortes em outrora.

Há um alguém que está longe de ser,
Simplesmente aquilo que eu desejo ter,
Porque vi que nunca há saída fácil,
No gostar de um viver.

O silêncio me traz,
O que meus olhos não conseguem esconder,
A face feliz,
Tornou-se minha falsa máscara, que mascara minha cicatriz.

Sonho em saber,
Que a vida é muito maior do que ela mesma diz."

Em um curto momento,
De espaço, e mais ainda,
De pensamento,

Desafio-me a questionar,
Se o destino age,
Mesmo que nele eu ainda não ouse acreditar.

Contendo a força,
Da toda a minha vontade,
Que me é transparecida,
Pela externa inverdade,
Cegamente escondida,
Pela alheia falsidade.

Sonho em saber,
No saber de um sonhar:
Quando meu sonho,
Real se tornar.

Por que já não mais sei se,
Estou aqui a esperar,
Tempos infindáveis,
Vendavais que nunca estão a terminar,
Começos inexistentes,
 E fins que nunca demoram a começar.

Não importa para onde eu busque olhar,
Ou para onde meus olhos procuram buscar,
Eu sei o que vejo, mesmo não querendo saber,
E eu vejo aquilo que me afasta de você.

Os muros da vida,
Que você construiu,
Quase não dá mais para seu coração ver,
E esse muro não para de crescer.

Porém,
Sonho em saber,
Que aquilo que restou,
Um dia irá viver.

Por isso, ainda sonho em saber.

Dodo.

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