domingo, 1 de maio de 2011

Ordem do Saber



Diário

21/04/2011

Quantas vezes em nossas vidas deixamos de acreditar em algo. Ou mais raramente, mas infelizmente cada vez mais constante em nossa mente, em tudo?

São muitas, dependendo do que passamos.

Está cada vez mais evidente que chegamos ao tempo do fim do acreditar.

Estamos vivendo sem acreditar em algo. Mas isso não significa que as pessoas são descrentes, pelo contrário, elas acreditam, mas é uma fé escondida. E a resposta a isso se deve ao fato de que, sempre quando expomos tal crença, a mesma se destruída nos causa um remorso terrível. Porque ao tornar público uma crença, é invocado na situação o senso comum da verdade. É como um exemplo a ser seguido.

Algo verdadeiro, pode transformar a vida da pessoa que acredita, assim como as das que estão presenciando a crença e o acontecimento advindo dela.Quando se acredita em algo bom, puro, honesto e limpo, e tal acontecimento dá certo, de uma maneira indireta estamos dizendo a todos que este é o caminho a ser seguido.

Mas infelizmente, nos dias atuais, nós estamos escondendo nossas crenças, por medo da derrota (que acompanhamos dia a dia em grande parcela dos seres humanos) e por falta de bons exemplos de bondade, perseverança, altruísmo e amor.

Simplesmente não temos parâmetros para seguir, humanos claro, que nos mostrem que vale a pena acreditar em algo. Que a frieza das pessoas não vão nos derrubar, que o dinheiro não vai nos cegar, que as pessoas realmente estão nos dando atenção e que ligam para o que é mais simples. Para o coração.

E isto causa, de uma forma geral, dois fatores:

- O primeiro e mais abominável é o fim do acreditar, por assim dito. Ninguém quer acreditar, nem nela mesma. Apenas vivemos, aproveitando cada segundo como se fosse o último, sem nem ao menos acreditar nestes segundos, mas apenas tomando como graça o que não possui graça. Tomando o tempo com se ele fosse o fim, e não o início de um novo tempo. Achando que temos tempo, quando na verdade, fazendo dessa maneira, ele passa a nos controlar.

- O segundo é uma sociedade cada vez mais cabisbaixa, cega e egoísta. Robótica e controlada por regras ditadas para a manutenção dela mesma. Mas não no campo emocional, da pessoa própria, mas sim como ela fazendo parte de um todo. Um todo totalmente controlado e ditado por regras que apenas sustentam um sistema que nos sufoca sem que percebamos, que traz consigo apenas obrigações, que conforme vão sendo realizadas, apenas aumenta. Nunca tem um fim. Regras que nos levam a uma realização nunca realizada. Uma realização material. Um acreditar que não acreditamos com a alma, mas apenas com o corpo, ou a mente. É o acreditar de subir de cargo. O acreditar de ter mais dinheiro do que os outros. O acreditar de subir de vida.

Subir de vida.....e descer naquilo que realmente importa......

Chegamos ao fim do acreditar.

Dodo.

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