domingo, 1 de maio de 2011

Eu estou aqui sentado


Eu estou aqui sentado,
O vento bate na minha face,
O frio na minha pele,
É onde a tristeza nasce.

Estou aqui lendo,
Os poemas que fiz para você,
Cada palavra era meu coração,
Querendo chamar sua tenção.

Estou pensando em jogar fora,
As folhas, os cadernos e o que sinto,
Mas toda vez que penso em fazer isso,
É para mim mesmo que minto.

Quem sabe o tempo não leve embora,
Essa dor que bate em meu peito,
Quem sabe ele não enxugue,
As lágrimas que surgem todas as vezes que me deito.

Não se engane pelo meu sorriso,
Falso e forçado que está no meu rosto a estampar,
Um falso orgulho e honra,
Que escondem a tristeza de te desejar.

Me culpo por não guardar rancor,
Por não guardar mágoa, por de te gostar,
Senão seria mais fácil,
Isso superar.

O que é bom será sempre destruído?
Acreditar, sonhar não é o bastante?
O verdadeiro, o coração, os sentimentos,
Não fazem mais parte do Constante?

O que conservo é apenas tristeza,
Pelo não entendimento, por ter sido enganado,
Por acreditar em algo certo,
Que do nada se tornou errado.

Não estou reclamando da vida,
Ela é bela e por ela sou grato,
Mas ela podia ser bem melhor com você do meu lado,
Ah, isto é fato.

Me questiono, dia e noite,
O que é verdade e mentira?
O que a força representa?
E o que a fraqueza me tira?

Será que tudo não passa de representação?
Será que tudo são máscaras, apenas imagens,
Que cobriam a falta de um coração?

Será que é tudo culpa da idade?
E desde quando machucar os outros,
Se tornou um ato de caridade?

Esperar o que é bom nesse mundo se torna uma questão de fé,
Porque dia a dia ele nos derruba,
Não deixa a gente ficar de pé.

As pessoas sentem pena de quem,
Tenta apenas ser bom, de quem sente um gostar,
Eu vejo o que é verdadeiro,
Todos os dias no lixo ir parar.

Por favor, alguém me diga,
Que eu não estou errado,
Por favor, me acorde deste pesadelo,
Porque está frio aqui do outro lado.

Dodo.

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