domingo, 9 de fevereiro de 2014

Sem A Anjinha


 
 
O céu ficou um pouco mais escuro,
Os prédios ficaram mais cinzas,
As horas nada me trouxeram.

As nuvens não tinham formatos,
O vento mal passou pelo meu rosto,
Os raios de luz nem vieram.

O sol parecia a lua,
O jornal da manhã não apresentou nada de relevante,
Não prestei atenção em nada do que disseram.

O calor estava frio,
Se estava gelado, nem senti,
As diversas paisagens, diferença nenhuma fizeram.

As palavras foram poucas,
Os pensamentos, longínquos,
Inspirações nem aparecer quiseram.

Foi como se o mar tivesse perdido o sal,
A comida, o sabor,
Foi como estar acompanhado,
Mas ao mesmo tempo sozinho, por onde eu for,
Parecem velhas lembranças,
Que teimam em se transpor,
Entre meu tempo presente,
Entre essa insensível dor.

Tudo o que hoje fiz,
Parece que fiz por fazer,
Em nada do que colocava minha mente,
Sentia prazer.

Eu gosto muito dela,
E talvez isso seja difícil de compreender,
Como explicar o meu coração que sente,
Mas que não pode a ela oferecer?

O rostinho dela, tão lindo,
Apenas escutando,
Aqueles olhinhos brilhantes, cheios de palavras que não precisaram ser ditas,
Apenas concordando.

Quando eu a senti,
Pude então perceber,
A intensidade daquilo,
Que ela não conseguia dizer.

Por dela muito gostar,
Não sei muito que falar,
Mas a última coisa que eu desejaria,
Era ela machucar.

Não é culpa dela,
Assumo a culpa como minha,
Embora seja estranho eu dizer,

Foi triste meu dia sem a anjinha.

 

Dodo.
(Para minha melhor amiga...)

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