domingo, 9 de outubro de 2011

Deus e Eu Humano




Sou fraco,
Indigente,
A maioria de nós,
Sempre mente.

Penso, roubo,
Mato, beijo,
Odeio, venço,
Perco, desejo.

Massacro, ajudo,
Descubro, usurpo,
As vezes tudo escuto,
Em outras me finjo de surdo.

Caio, levanto,
Finjo, atuo,
Ando, caminho,
Tropeço, flutuo.

Peco, peco,
Sou pecado,
Peco, peco,
Sou errado.

Peço perdão, peço perdão,
Para o céu ergo minha mão,
Peço perdão, peço perdão,
Tentando consertar meu coração.

Egoísta, solícito,
Simples, complicado,
Amo, sorrio,
Choro, me sinto lavado.

Escolho, vejo,
Me perco,
Gosto da claridão,
Ao mesmo tempo que da escuridão.

Quero, enjôo,
Sinto, esnobo,
Acho, aperto,
Largo, solto.

Com muita calma,
Hoje me olhei,
Olhei para meu corpo,
E serenamente pensei.

“O que sou,
Se não poeira de vento?
Por que sinto tanto,
E pouco realizo apesar do tanto que tento?”

Estou em constante sintonia,
Com a terra e moradia,
Que Deus me deu,
Para que eu vivesse em total harmonia,
Com todos os outros seres,
Que estão aqui a me fazer constante companhia.

Deus quis realizar em mim,
Todo o seu plano, o seu amor,
Para que eu existisse,
Para que eu nunca sentisse dor.

Toda a Criação,
Não é maior do que o seu Criador,
Essa é sua prova de existência,
Essa é sua maior prova de amor.

Como alguém,
Pode olhar tudo o que existe, ler sobre o que existia,
Todas as belas árvores, as grandes montanhas,
Os pequenos pássaros, a vida que todo dia se cria,
As estrelas, tão distantes,
O sol tão brilhante,
Todo um universo, criado em tamanha perfeição,
Em infinita sabedoria,
A mais bela engenharia.

Veja os pequenos leões,
Tão bonitos a brincar,
Veja a lua de noite,
Não dá vontade de sonhar?

Olhe o mar,
Tão azul e infinito com todas as criaturas,
Que em suas profundezas estão a habitar,
Veja as baleias, os peixes, os corais,
Não é incrível de se observar?
Não dá vontade de tudo isso desfrutar?
De um dia inteiro,
Debaixo de um sol a brilhar,
Passar, horas e horas,
Neste oceano nadar?

Veja as plantas,
Tão paradas, mas com vida abundante,
Sem elas não viveríamos,
Nenhuma vida seguiria adiante.

Parece tudo interligado,
Uma coisa depende da outra,
Independente do que se faça
E tudo feito para nós,
Tudo nos dado de graça.

Como alguém,
Em divina consciência,
Pode duvidar de Deus,
De sua existência?
Como alguém pode colocar acima do Senhor,
Algo como a humana ciência?

Quem somos nós?
O que somos nós?
Por mais que tentemos nos afastar,
Nunca estamos a sós.

O que é a inteligência do homem,
Perto da sabedoria divina?
Como comparar nossa visão linear,
Com uma visão que vem lá de cima?

O que é a criação de um prédio,
Perto da criação de um firmamento?
Como comparar um átomo,
Com uma estrada que é feita de cimento?

Veja, contemple,
A infinita Sabedoria do Senhor,
Veja tudo o que ele fez,
Com todo o seu Amor.

Uma pequena célula,
Uma pequena veia a bombear,
Após um tempo um coração surge,
Mais uma vida está a começar.

Boca, olhos, ouvidos,
Mãos, pernas começam a surgir,
Um feto, um bebê,
Está para vir.

É a vida que da mais simples forma,
Começa a existir.
Enquanto não compreendermos,
A beleza da vida que está ao nosso redor a nascer,
Jamais poderemos ser gratos,
Nunca a Vida em si poderemos completamente entender.

E ainda duvidar,
Que existe um Deus,
Que está a todos os dias,
Está a nos olhar?

Mas em algum momento,
Nos perdemos,
Preferimos destruir o mundo,
Nos esquecemos.

Preferimos notas,
Pequenas cédulas verdinhas,
Ao invés de louvarmos nosso Deus,
Que todos os dias conosco caminhas.

Começamos a sonhar,
A ter sempre mais e mais,
Nossa vida ambiciosa, desejos materialistas,
Que não cessam jamais.

Esquecemos de amar,
De ouvir o próximo,
De escutar,
Aquela voz que vinha do alto,
Para nos guiar.

Não foi Ele que se afastou,
Ele nunca irá se afastar,
Ele fez uma promessa,
De nunca nos abandonar.

Fomos nós que erramos,
Nós que, de maneira cega,
Nos afastamos.

Que deus, que ser humano,
Me digam.
Que deus, que ser humano,
Me digam,
Que deus, que ser humano,
Vamos, me digam,
Que deus, que ser humano?

Morre na cruz,
Para a todos salvar?
Que deus,
Dá a própria vida para salvar?
Todos aqueles que haviam se esquecido Dele,
Todos aqueles que cuspiram em sua face e,
Que dele estavam constantemente a zombar?

Que deus dá a própria vida,
Somente para salvar,
Todos aqueles que,
Queriam insistentemente O matar?

Que deus, permite-se,
Na cruz, sobre pregos sangrar,
Apenas para aqueles que haviam condenado Ele,
Salvar?

Existe uma prova maior,
Do que este sublime Amar?

Não sei quando,
Mas em algum momento nos perdemos,
Todos nós.
Tentem imaginar, Jesus na cruz.
Sofrendo, sangrando, morrendo por todos aqueles que já haviam morrido.
Morrendo por todos aqueles ao redor da cruz.
Morrendo por todos aqueles que ainda não haviam nascido.
Quando Ele fechou os olhos disse:

“É por você que eu faço isso.
E somente por você.”

Mas em algum momento.....nos perdemos.....


Dodo.


4 comentários:

  1. Que poema LINDO!
    Descreve muito bem o ser humano, falível... e a grandeza de Deus que nos ama, como somos. (sabe, não há nada que possamos fazer pra Deus nos amar mais, e nem menos, ele é imutável e sábio, e isso é bom, pq não é pelas obras pra que ninguém se glorie) Isso faz de Deus esse ser grande que é.
    O que podemos fazer é reconhecer seu amor por nós e nos entregarmos à Ele, a esseamor tão grande... sem restrições.
    E como somos falhos em nosso amor. (disse tudo)

    Amei seu poema!
    Pra voce tiro o chapéu!:) rs
    Beijos e tudo de bom!

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  2. Imagine a vida sem ele?
    Perfeito =)

    Beijo,beijo

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  3. Obrigado Nil.
    Você disse tudo.
    Somos muito falhos. Nunca conseguiremos agradar ao Senhor da forma como Ele realmente merece. Todos os dias ele está conosco, mas nem notamos. Cada ação, cada palavra, Ele sempre está conosco.

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  4. Não existiria vida sem Ele.

    Obrigado Rascunho.

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