segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Meados de Novembro 2010



Lá estava eu,
Pobre garoto que acordou,
Sentindo algo que não entendeu,
E que para florescer não demorou.

Vai saber o que me guiava,
Vai entender o que pela minha cabeça se passou,
Vai entender essas coisas do coração,
Vai entender o que o cupido naquele dia deixou.

Já havia um tempo,
Que eu estava olhando,
Alguém de forma diferente,
E logo quase a toda hora estava eu nisso pensando.

Já havia passado por dores,
Maiores do que eu poderia explicar,
Dores que a vida me trouxe,
Junto daquilo que chamamos de amar.

E lá estava eu,
Achando que estava pronto novamente,
Pelo menos foi o que acharam,
Meu coração e minha mente.

Eu me lembro,
Eram meados de novembro,
Tempo bonito de se ver,
Tempos que lembrando ainda não entendo.

Sempre fui uma pessoa sonhadora,
Disso sempre me orgulhei,
A verdade e o que é bonito,
Eu sempre seguirei.

Gosto de fazer o impossível,
Por aqueles que gosto,
De joelhos, se for preciso,
Para fazer alguém feliz eu me prostro.

Não tenho vergonha,
De seguir meu coração,
Pobres são aqueles que não fazem isso,
Estes vivem em vão.

Naquela época,
Vi tristeza unida com perfeição,
Acalento com beleza,
Alguém que precisava do que era belo,
Para voltar a acreditar que o amor não é imaginação.

E lá me fui eu,
Sempre enxergando os corações,
Decifrando os segredos escondidos,
Através de simples ações.

Mas como,
O plebeu poderia provar à princesa,
Que a chama do que é belo nela,
Precisava continuar acesa?

Para mostrar o que é verdade,
Somente a verdade pode mostrar,
Para mostrar um sentimento,
Somente o coração pode criar,
A forma perfeita,
De sinceramente se expressar,
Tirada do fundo da alma e do coração,
Apenas para que a outra pessoa possa ao menos com atenção olhar.

O que mais eu poderia,
Com toda a minha timidez fazer?
Além de uma simples carta,
Declarando-me escrever?

Coisa antiga,
Nos dias atuais boba a de se considerar,
Mas no meu peito,
Era o jeito certo de falar.

Na minha mente havia dúvidas, claro,
Como não poderia haver?:
“Como ela iria reagir a algo,
De alguém que ela inteiramente não havia de conhecer?”

Mas o que é verdadeiro,
É raro neste mundo acabado,
Por isso, por mais difícil que seja,
Deve ser demonstrado.

E ali, em meados de novembro de 2010,
Eu entreguei, pela resposta me desesperaria,
E a mesma foi negativa,
Não seria o primeiro não que eu receberia.

“Que força seria essa que me movia?
Por que meu coração,
Por causa disso batia?
Que certeza era essa que me erguia?”

Não era o tempo,
E eu tinha que respeitar,
Todos possuem seus motivos,
Para o que é belo rejeitar.

Passei um tempo,
Sempre me questionando,
O que eu deveria fazer,
Onde eu estava errando?

Como eu me sentiria,
Se diamantes do nada começassem a cair,
Em minhas mãos através do céu,
Eu saberia como reagir?

Talvez eu tenha exagerado,
De certa forma, jogar tudo isso,
Talvez a tenha assustado.

Melhor a fazer,
Era simplesmente esperar,
Se não era o tempo certo,
Eu iria deixar o tempo passar.

Mas o que é bonito,
Geralmente não quer morrer,
Dentro da gente como se não existisse,
Como se não fosse mais haver.

Eu precisava provar para ela,
O tamanho do meu coração,
Então decidi colocar tudo para fora,
Através de uma canção.

Eu estava louco,
Rs. Talvez eu deveria estar,
Mas se eu estava mesmo,
Era louco de tanto sonhar.

E logo quis essa canção,
Embrulhar,
Colocá-la dentro de uma cesta,
Com alguns chocolates a decorar,
Mais um desenho bobo,
Que uma noite inteira gastei a desenhar.

Meu coração começou a pensar:
“Quem sabe se com isso,
Eu poderei ao menos um pouco mais dela me aproximar....”

Ledo engano,
Lá estava eu novamente a me iludir,
Mas que culpa um coração apaixonado tem,
De até o fim do mundo por alguém seguir?

Razão fica bem distante,
Quando um sentimento mais alto está a clamar,
Mente costuma ficar parada,
Esquecida, não consegue ver nem pensar.

“Que força seria essa que me movia?
Por que meu coração,
Por causa disso batia?
Que certeza era essa que me erguia?”

O tempo foi passando,
E tudo apenas foi piorando,

Ao contrário,
Do que outra eu estava a esperar,
O que eu fazia a cada semana,
Só estava dela a me distanciar.

Não consegui,
Definitivamente entender,
Magoando-me dia a dia,
Não sabia mais o que fazer.

No tempo que se passou,
Não sabia mais para quem recorrer,
Quem poderia me ajudar,
Gostava na verdade de triste me ver.

O que era bonito,
Em desespero se tornou,
O que era bonito,
Da forma esperada não voltou.

Talvez os olhos dela,
Estivessem voltados para outro lugar,
Para espaços distantes,
Longe do meu coração que estava a pulsar.

E quando voltou,
Não foi da forma como meu coração desejou,
Devolução de coisas bonitas,
Só porque alguém assim falou.

Não conseguia me dar por vencido,
Não conseguia desistir,
Se eu não lutasse até o final,
Para onde mais eu iria ir?

“Que força seria essa que me movia?
Por que meu coração,
Por causa disso batia?
Que certeza era essa que me erguia?”

Quando um raio de esperança,
No céu nublado nasceu,
Logo as sombras cobriram,
E a luz que poderia ali nascer morreu.

Para mim foi o bastante,
Ser digno de pena,
Foi o que me fez tentar seguir adiante.

Perdi as contas,
Das vezes em que passei noites o céu escuro a olhar,
Tentando entender o mundo,
Escutando músicas, poesias a criar.

O tempo passou,
E muita coisa mudou,
Mas o que é bonito,
Ainda carrego comigo.
O que bate aqui dentro,
É um coração,
O tempo passa,
Passa para todo mundo,
Aprendi a beleza de uma flor,
Aprendi que o mundo tem muita dor,
Aprendi a valorizar o sol,
Ganhei uma anjinha. Rs
Percebi que existem dezenas de pessoas que gostam do que escrevo,
Porque se sentem tocadas por minhas palavras,
Vi que existem pessoas que não gostam disso,
Pensam que sou louco, ou bobo,
Só não consigo entender por que.
São as mesmas pessoas que fazem tudo errado,
Que sentem inveja, que fofocam e sussurram maldades,
Vai entender, né?
Tem momentos que só quero dormir,
Em outros só quero sorrir,
Em outros quero fugir,
Em outro dá vontade de acreditar,
Dizem que tudo vem por um motivo,
Eu só enxergo o motivo de tudo isso,

Você.

Obrigado por me fazer lutar por você.

Lembrando de Meados de Novembro de 2010,
Não que eu esteja de algo a me arrepender,
Hoje é somente uma única verdade que eu consigo ver:

(Melhor a fazer,
Era simplesmente esperar,
Se não era o tempo certo,
Eu iria deixar o tempo passar.)

E se eu dissesse que no fundo do meu coração,
Eu ainda estou a esperar,
Dentro do seu coração,
Algo iria mudar?

Dodo.




4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Olá,
    Nem sempre tocamos o coração de uma pessoa como desejaríamos. Quando há possibilidade de algum sucesso, deve-se insistir. Caso contrário, esquecer é o melhor caminho, pois acaba-se ocupando um espaço com ilusão quando ele deveria estar aberto para outro amor se instalar.
    Gostei do texto poético.
    Abraço.

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  3. Seu post me inspirou muito Pat. Mas não sinto muitas forças para lutar por ela. Não me sinto fraco, mas sinto medo. Este é um resumo em forma de poesia do que aconteceu. Mas tenho medo de incomodar ela, sei lá. Ela está bem, e acho que tenho de respeitar, mas querer fazer tudo o que sinto e não poder é uma dor sem consequências.

    Mas muito obrigado Pat. Sério.

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  4. Pois é Vera, acho que isso se adequa mais à minha situação.
    Estou até que bem, o tempo passou, curou e limpou muita coisa, mas ver o que é bonito morrer é algo difícil de aceitar.

    Enfim...

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