E assim Deus criou os homens. Pôs neles toda a sua perfeição e sabedoria. E a sabedoria de certa forma foi a conselheira do Criador ao criar seus filhos.
“Para os humanos é incompreensível a forma como Deus os criou e o que aconteceu nesses dias de outrora. Assim como tudo o que Deus faz em todos e para todos e os humanos nunca entendem.”
Para estes, a mais fabulosa criação do Único, deu-lhes um mundo.
E o mundo não se resume a apenas ao que eles poderiam enxergar. Não apenas um planeta. Mas deu-lhes o infinito. Um universo.
Assim como um pai cuida e provém o necessário para a vida de um filho, assim Deus Pai nos proveu desde o início do que precisávamos.
E os humanos cresceram em quantidade. Os humanos não eram deuses, e por isso não permaneciam na terra eternamente. E somente a Deus está guardado o segredo do que acontece a eles quando seus corpos já não funcionam mais.
E este era o propósito deles.
E povos e mais povos foram se formando em todas as partes do planeta que Deus deu de presente aos humanos.
Esses povos foram se distanciando e habitando diferentes partes do planeta. E se diferenciando foram.
Alguns povos viram raios no céu. E começaram a inventar que estes raios eram deuses. E que estes raios os haviam criado. E eles temiam estes raios.
Outros povos viram um grande luzeiro no céu. E achavam que era um deus. E começaram a adorar o sol. E a agradecer ao sol por tê-los criado.
Outros povos viram animais grandes, ou ferozes, e por medo deles começaram a achar que eram deuses. E começaram a adorá-los, como se fossem deuses.
As regiões mudavam, mas a suma era a mesma. Tudo aquilo que os humanos não compreendiam sua origem ou temiam, achavam que era um deus ou que naquilo se encontrava seu sentido de vida.
Como será que Deus se sentiu com tudo isso?
Como um pai se sente com um filho que não o reconhece como pai?
Talvez por ter se cansado ou por amor tamanho de seus filhos, Deus se fez presente novamente para os humanos.
Por que ele escolheu um povo apenas, ao invés de qualquer outro que havia? Ou por que ele não dirigiu sua voz dos céus para que todos os seus filhos o escutassem?
“Para os humanos é incompreensível a forma como Deus os criou e o que aconteceu nesses dias de outrora. Assim como tudo o que Deus faz em todos e para todos e os humanos nunca entendem.”
Tendo Deus ao seu lado e tendo Ele feito maravilhas incontáveis e inacreditáveis, o povo escolhido fez para si seus próprios deuses de ouro e por modelagem.
Deus dá o dom da arte para seus filhos, e pela arte os homens criam seus próprios deuses.
Como será que Deus se sentiu com tudo isso?
Como um pai se sente com um filho que não o reconhece como pai?
Os povos foram crescendo por todo o planeta, criando suas próprias crenças. A partir de suas imaginações formaram histórias de como seus falsos deuses surgiram, de como eles gostavam de ser agradados, e de como a vida era.
O povo escolhido por Deus começou a se corromper com as demais culturas próximas.
Os filhos de Deus, criados humanamente para se amarem começaram a guerrear entre si. Somente por poder. Somente por terras.
Há terra suficiente para todos. Recursos naturais para todos. Porém eles guerreavam entre si.
Se os humanos não entendiam e não entendem até hoje os motivos das guerras. Imagine Deus.
Como será que Deus se sentiu com tudo isso?
Como um pai se sente com um filho que não o reconhece como pai?
O Criador pode destruir sua obra. Mas mesmo assim Ele não o fez e não o fará.
“Para os humanos é incompreensível a forma como Deus os criou e o que aconteceu nesses dias de outrora. Assim como tudo o que Deus faz em todos e para todos e os humanos nunca entendem.”
Os povos cresceram e se dividiram.
Começaram a dar mais valor ao que achavam belo, do que o Criador daquilo que achavam belo.
Começaram a achar bonito o ouro. A prata. Diamante.
Tudo material. O ouro que possui a mesma importância de uma árvore foi dignificado a um status maior. E assim foi também com aqueles que os possuíam.
Começou a florescer as sementes do egoísmo, da cobiça, da avareza, da falsa beleza.
Os povos já não conseguiam mais se organizar. Tinham de ser liderados. Tinham de ser guiados por alguém porque sozinhos não conseguiam conviver. Surgem reis, exércitos, príncipes, nobres....todos iguais....mas tão separados pelo que possuíam.
Esqueceram que existia um ÚNICO e VERDADEIRO REI no princípio, e tiveram de criar os seus próprios.
Se é difícil para nós humanos entender porque os próprios humanos não conseguem se organizar sem política. Imagine Deus.
Foi então que Deus deu fim a todos os mistérios criados pelos homens. O único modo dos humanos entender à Deus, era Deus se fazer homem.
E assim ele o fez.
E assim ele se mostrou.
Com suas palavras, o verdadeiro homem fez todos voltarem ao princípio. À Criação. Foi exemplo de como os humanos devem ser e mostrou-lhes, novamente o sentido da vida humana.
Mas nem todos acreditaram. Nem todos entenderam. Nem todos gostaram.
Os humanos já tinham seus próprios sentidos de vida.
O povo que Deus havia escolhido em outrora, já tinha seu sentido de vida. E nele não estava incluído Deus. Ou melhor, estava, porém não da forma como Deus realmente queria ou era.
Deus-homem foi crucificado. Condenado.
Seu crime?
Amar a Deus sobre todas as coisas. Amar aos outros como a si mesmo.
Como será que Deus se sentiu com tudo isso?
Como um pai se sente com um filho que não o reconhece como pai?
Mas Deus ama.
Deus ama.
Deus ama.
Naquele tempo, para que os homens ficassem livres de suas culpas, tinha que expiar um animal em reparação dos pecados de todo o povo.
E se iriam matar Deus....Deus mesmo se fez o cordeiro do sacrifício.
Difícil de entender? Difícil de acreditar?
“Para os humanos é incompreensível a forma como Deus os criou e o que aconteceu nesses dias de outrora. Assim como tudo o que Deus faz em todos e para todos e os humanos nunca entendem.”
E os filhos dos homens foram salvos de seus pecados. Entende-se que a ira de Deus se aplacou.
Jesus, como o chamavam, poderia ter se soltado, poderia ter chamado o Pai para livrá-lo, mas do que adiantaria se ele fizesse algum milagre como esse, se algumas gerações depois este fato se tornaria apenas mais uma lenda dos povos? Assim como tudo o que Deus fez no passado em Israel se tornou?
Os seguidores de Deus, poucos no início, decidiram postergar o acontecido para as posteridades. Para o mundo inteiro. Para todos os povos que tempos atrás haviam criado seus próprios deuses. Era a hora de tornar Deus conhecido aos humanos, através dos humanos.
E assim começou com os apóstolos, que criaram diversas formas de cultuar este Deus que se apresentou de uma forma nova, porém era o mesmo de sempre e que sempre existiu.
Logo os humanos possuíam regras, normas e organizações de manter este culto vivo. E assim nasceram as igrejas. Mas para que a igreja de Deus fosse uma só para todos, foi preciso se organizar, ter líderes, assim como tudo o que os humanos fazem.
E os humanos são falhos. E por suas falhas, a igreja que era única, se dividiu. Os homens tiveram seus próprios motivos para isso. A igreja se dividiu, mas Deus continua sendo um só.
Não é sensato questionar os motivos dos homens pela criação de mais e mais igrejas diferentes, mas iguais em seu sentido e com o mesmo Deus.
Por que dividir o culto a Deus em vários se todas estas igrejas possuem o mesmo Deus?
Anos e anos se passaram.
Os humanos evoluíram em suas ciências. E pelas suas ciências, descobriram que Deus não existe, que somos macacos, que o mundo se deu por pura explosão. Por um puro acaso. Segundo a ciência, somos tão animais quanto os cachorros, quanto os porcos, quanto as galinhas. Simplesmente existimos.....sem nenhum sentido. Somos como o vento. Nada mais que uma brisa.
Deus criou o homem.
O homem descria Deus.
Os humanos vão para as igrejas.
Falam de Deus lá dentro. Mas falam mal de seus irmãos do lado de fora.
Choram e caem cantando louvores, mas mal conseguem enxergar o mendigo que está dormindo na rua.
Honram com os lábios a simplicidade de Jesus, mas cobiçam cada vez os carros, as roupas e as casas mais caras.
O ouro ainda continua chamando atenção dos povos.
Pouco se fala de Deus, e quando se fala, talvez não seja da forma como Deus quer.
As guerras tiveram fim. Tiveram? As de armas talvez.
Hoje a guerra é para ver quem pode mais.
Qual povo tem mais dinheiro.
É difícil compreender como um povo vive em uma megalópole repleta de Macdonald’s enquanto um outro povo não tem nem água para beber.
E apesar de tudo isso, os humanos se proclamam no auge de sua inteligência.
A inteligência que Deus lhes deu é a mesma inteligência que os fazem esquecer dEle.
O ser deu lugar ao ter.
O fazer deu lugar ao parecer.
A televisão é o modelo de nossa vida. O modo como nos vestimos, o que devemos comprar, como devemos viver, o verdadeiro padrão de vida, o que devemos pensar é dito pela fantástica caixa da sala.
Céu e inferno parecem contos infantis.
Um mar sendo dividido ao meio parece coisa de história em quadrinhos.
As pessoas dizem ter Deus.....mas não amam.....
Deus parece algo distante.
Ou Deus se distanciou de nós ou nós nos distanciamos dEle.
Como será que Deus se sentiu com tudo isso?
Como um pai se sente com um filho que não o reconhece como pai?
No final somos homens, e esta é nossa história.
“Para os humanos é incompreensível a forma como Deus os criou e o que aconteceu nesses dias de outrora. Assim como tudo o que Deus faz em todos e para todos e os humanos nunca entendem.”
Dodo.