domingo, 19 de junho de 2011

Ordem do Saber




Diário

13/06/2011    

Todos nós gostamos de nos divertir. A diversão em sua essência é divertido. Fato.

Mas a diversão ao pode ser considerada felicidade.

Diversão é algo momentâneo, felicidade é algo duradouro. Não é para sempre, mas felicidade pode começar pela diversão e vice e versa. A felicidade dura mais que a diversão.

A diversão geralmente está associada a algo material ou exterior, poucas vezes é evidenciada como algo vindo do interno de nossa alma, pelo menos no início. Nosso ser pode estar se divertindo, mas a diversão sempre tem a origem em algo que não é nosso, que não vem de nós mesmos.

Nos divertimos escutando música (através do som no sentimos bem), fazendo algo com nossos amigos (nesse momento temos momentos de felicidade), assistindo a um bom filme (a película é o precursor da diversão assim como nosso cérebro e as sensações advindas do mesmo), lendo algo engraçado (o livro é o precursor), em uma festa ( a festa em si é o fator da diversão).

No fim de todas essas atividades, e outras que nos vem a mente podemos até nos sentir bem, mas nunca igual no momento em que as estávamos fazendo. Mas sentir-se bem, mais parecido com um leve vestígio do que sentimento, não é ser feliz. É um vestígio, mas não é. A diversão uma hora acaba. A felicidade também, mas esta dura bem mais.

A felicidade anda de mãos dadas com o tempo. Dura eternamente em nosso coração. Porque a felicidade vem de nós mesmos. É algo humano, porém divino. Vem da gente e isso é inimitável. O homem não pode criar a felicidade. Não se cria algo que já foi criado. A felicidade foi criada para nós. E somente nós podemos usá-la de maneira integral. Nós podemos ser felizes, não criar ela.

Mas não nos esqueçamos que toda felicidade pode trazer tristeza. Nossa felicidade pode trazes lágrimas às outras pessoas. Quando pensamos somente em nossa felicidade, mandando se “danar” todo o resto, estamos danando talvez a felicidade alheia. Felicidade que poderíamos ajudar a criar. Quem pensa em si mesmo, quem pensa somente em sua felicidade, não é digno de ser feliz. Não esqueça das pessoas, pois elas precisam de você, mais do que você imagina.

Diversão nunca vai ser felicidade. Você não precisa estar se mexendo para ser feliz. A felicidade é de cada um, e cada um tem seu jeito de ser feliz. Podemos ser felizes apenas olhando para o céu. Apenas estando vivos. Existe felicidade em observar as estrelas, existe felicidade em dias de chuva. Existe felicidade na cama enquanto dormimos.

Este é um dos agravantes da juventude eterna. Hoje queremos apenas nos divertir, achando que isso é felicidade. Devemos sim, tentar nos divertir ao máximo, mas não devemos nos esquecer que à meia noite o baile acaba, e voltamos a ser o que éramos antes do mundo falso.

Quem não é feliz fora do mundo da diversão, tem de se suportar no dia a dia, no trabalho, em casa, na escola, enfim, em qualquer lugar diferente de onde se estava se divertindo.

A isso podemos notar o porque das pessoas freqüentarem sem parar bares para encher a cara, baladas diárias, escapismo desnecessário. Vidas desmedidas, desconhecimento do interior próprio. Pouca felicidade por sermos nós mesmos, muita diversão por viver o mundo que vemos na televisão, o mundo dos “cool”.

É legal quem bebe, é legal quem vira a noite. É legal quem “cata” (que termo horrível) todas. É ótimo dirigir os maiores carrões do mundo. É ÓTIMO se divertir como os jovens dos filmes! É ótimo ser a nova capa da playboy ou uma panicat. É ótimo ter pessoas atrás de nós querendo nossos autógrafos!

Mas e a felicidade?

Onde está a felicidade? Será que ela está em outro alguém? Nas mãos de alguém? Ou está em nós mesmos.

Fechemos os olhos e vejamos o quão felizes somos. Ou poderíamos ser.

Olhemos um pouco em nossos corações, em nossas almas, em nós mesmos. Encontraremos a resposta lá.

Vamos nos divertir, sim, sem parar, pois o dom da vida nos foi dado para que a apreciássemos em toda a sua dimensão, mas também paremos um pouco para tentarmos ser felizes.

Dodo.

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